O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, esteve hoje na cerimónia de recepção a 79 jovens médicos internos, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, ocasião na qual considerou que um dos próximos desafios da RAM é assegurar que o Estado assuma o seu dever constitucional de garantir o direito à Saúde em todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas.
O Governo Regionalç pretende que o Governo da República, no quadro da revisão da Lei das Finanças Regionais, garanta os sobrecustos que a Madeira tem com o sector.
Pelo seu lado, prometeu que o Serviço Regional de Saúde continuará a fazer investimento de vanguarda, até porque “o grande desafio dos serviços públicos de saúde é conseguirem manter um ritmo de investimento que consiga fixar os seus quadros médicos e enfermeiros, bem como de outros técnicos de Saúde”.
Mas o chefe do executivo diz que “na Madeira, os custos com a Saúde de cada pessoa custam mais 34% do que no Continente”, pelo que reclama a responsabilidade do Estado.
Portanto pretende uma compensação, a ser renegociada no âmbito da Lei de Finanças Regionais.
“Teremos ainda de manter um Serviço Regional de Saúde com grande qualidade, porque no dia em que ele começar a se degradar vai acontecer o que já está a acontecer no Continente. Nos últimos 17/18 anos, cerca de três milhões de portugueses têm seguro solidário de Saúde, a que se juntam mais 1,2 milhões com ADSE. Isso significa que grande parte optou por sair ou desconfiar do Serviço Nacional de Saúde e optaram pelos privados. O crescimento do sector médico privado, a nível nacional, resulta da degradação do SNS”, considerou.