
A Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural emitiu um “esclarecimento à opinião pública”, na sequência de “falsas declarações do JPP”, com “mentiras sobre o sector da cana-de-açúcar.
“Em primeiro lugar, é preciso notar que o JPP continua a apostar numa política barata, uma vez que sem se apresentar com nenhum produtor, afirma que falou com os produtores. Palavras que mostram a falta de preparação e a maldade de um partido que se limita a promover a confusão e a fazer falsas promessas”, acusa a Secretaria de Humberto Vasconcelos.
Aquando da reunião de concertação que se realizou a 16 de Fevereiro deste ano, as empresas de transformação, no âmbito da ajuda à transformação da cana, manifestaram interesse em adquirir cerca de 11.250 toneladas, refere-se.
“As intenções do mercado ficaram aquém do desejado, ainda que os números deste ano tenham demonstrado um crescimento da produção, relativamente a 2021, isto é, na ordem das 9.500 toneladas. Portanto, o escoamento ficou totalmente garantido”, assegura-se.
“Mais importa referir que, na reunião de concertação com o sector, foi assegurado que preço mínimo a pagar ao produtor para a campanha de 2022 seria de 0,30€/kg (trinta cêntimos por quilo). Uma valorização do preço em cerca de 7%, resultado da acção de sensibilização feita pelo Governo Regional junto dos engenhos para a necessidade do aumento do preço aos produtores, na valorização de quem trabalha na terra”, assegura a nota enviada às Redacções.
“Como é óbvio, existe margem para voltar a subir o preço no próximo ano, até porque a procura é superior à oferta. É um sector em claro crescimento, e, nesse sentido, o secretário regional de Agricultura já anunciou um aumento de 2 cêntimos, através do POSEI, para 2023, e já sensibilizou os engenhos para a necessidade de aumentarem o preço pago aos produtores”, acrescenta-se.
“É também falsa a afirmação do JPP quando garante que o Governo Regional nem 1 cêntimo dá de ajuda aos produtores. Não são falsas e demagógicas as acusações, como são possíveis de rebater com os cerca de 2 milhões de euros que são canalizados anualmente para o sector, seja através do POSEI ou esforço do Orçamento Regional, para a transformação, envelhecimento de rum ou ainda produção de mel-de-cana”, afiança a SRADR.
“No que é constante ao aumento dos custos dos factores de produção, releve-se a demagogia do JPP, uma vez que o Governo Regional está ciente dos problemas e manifestou à Comissão Europeia que era necessário criar uma linha de apoio a fundo perdido, com o objectivo de minimizar os impactos resultantes do aumento do preço dos combustíveis ou a escassez de matérias-primas, e que é resultante de fatores externos. Fruto da insistência, foram assegurados cerca de 2,6 milhões de fundos comunitários, aos quais foi acrescida uma dotação do Orçamento Regional em cerca de 470 mil euros, que perfaz 3,1 milhões de euros que serão distribuídos no início de 2023 pelos nossos agricultores. Verbas a fundo perdido, para fazer face ao aumento do custo de vida do qual é alheio este Governo”, enuncia a Secretaria.
“Por tudo isto, só nos resta condenar e vincar a política demagoga de um partido que procura afirmar-se através da mentira e de um certo sacerdotismo que não já não convence novos fiéis”.