
Cumprindo a tradição, os finalistas da Escola Secundária Jaime Moniz vivem hoje um dia memorável com a cerimónia da Bênção das Capas. Não se trata de mais um ritual ou de mais uma cerimónia para preencher calendário. É um ato profundamente simbólico para mais de seis centenas de jovens estudantes do 12.º ano do “Liceu” e para as suas famílias, que assinalam, com brilho e comoção, o fim de um ciclo de estudos no ensino secundário.
Trajados a rigor e tendo por madrinha Maria João Barreto, os finalistas concentraram-se no átrio do “Liceu” para as fotografias da praxe, não faltando o típico retrato de família para mais tarde recordar.


Após a foto de família, junto ao emblemático edifício da ESJM, seguiu-se o não menos inesquecível e emotivo desfile dos jovens pelas ruas do Funchal até à Sé do Funchal para a imprescindível cerimónia litúrgica da Bênção das Capas. Uma efeméride testemunhada pela população que assistiu ao cortejo dos estudantes entre a ESJM e a Sé.
O Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, presidiu à Eucaristia, um dos momentos altos desta celebração, tendo o Prelado da Diocese apelado à vivência da Fé pelos jovens e famílias, procurando alicerçar a vida estudantil e social nos valores centrais humanos.
Após o ato religioso, outro momento de grande expetativa, o tradicional e concorrido baile com festa e animação pela noite dentro.
É de recordar que a Escola Secundária Jaime Moniz foi pioneira nesta tradição da Bênção das Capas, sendo o exemplo seguido depois pelos demais estabelecimentos escolares do ensino secundário. Mediante Despacho de 09/12/1889, o Ministério do Reino, através da Direção Geral da Instrução Pública, instituiu o uso facultativo da capa e batina aos estudantes do “Liceu”. Desde então anualmente, a Bênção das Capas reveste-se de profundo significado para a instituição, finalistas e famílias. Diga-se ainda que, é uma tradição tipicamente madeirense, que não se verifica no espaço continental.