A Câmara Municipal da Calheta começou ontem -e até ao próximo dia 15 de novembro- a reduzir em 50% a iluminação pública em algumas zonas litorais do concelho, nomeadamente na Avenida D. Manuel I, na Vila da Calheta, no Jardim do Mar e no Paul do Mar.
O objetivo é evitar que as aves marinhas fiquem encadeadas com os focos de luz mais potentes e, consequentemente sofram incidentes, especialmente nesta época do ano em que os juvenis de cagarra abandonam os seus ninhos.
O Município vai, assim, associar-se à campanha “Salve uma Ave Marinha” promovida pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) durante a temporada mais crítica do ano, de 15 de outubro a 15 de novembro.
A poluição luminosa constitui uma ameaça adicional para estas aves que, devido aos seus olhos sensíveis, são atraídas pelas luzes, acabando por colidir com edifícios, linhas elétricas e veículos, ficando desorientadas e por vezes feridas.
Sensível a esta questão, e tendo em conta o número de aves recolhidas nos últimos dias neste concelho, a Câmara Municipal da Calheta juntamente com a Empresa de Eletricidade da Madeira tomaram diligências no sentido de mitigar esta problemática da poluição luminosa, salvaguardando assim a conservação das espécies de aves marinhas, sobretudo a cagarra que é a espécie mais afetada com esta situação.
A Autarquia liderada por Carlos Teles pede compreensão da população relativamente a esta medida e aproveita a oportunidade para solicitar a atenção e colaboração dos calhetenses caso encontrem uma ave. A espécie não deve ser alimentada, nem lhes devem ser administrados medicamentos, apenas deve ser mantida em lugar tranquilo, solicitando-se o contacto imediato com a Rede SOS Vida Selvagem do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, através do 961957545, ou com a Câmara Municipal da Calheta, através do 291820200.