Registos fotográficos do “Funchal alternativo” que continua sem solução

Luís Rocha (texto e fotos)

Funchal, três horas da manhã. Enquanto a cidade dorme, o FN está na rua para captar mais alguns incómodos e insistentes retratos do “Funchal alternativo”, aquele que não faz muitas manchetes na maioria dos jornais. A miséria humana é visível num raio de uns cem metros da Secretaria Regional da Inclusão Social e Cidadania. Questiona-se que tipo de cidadania pode ser a que as imagens documentam. Os temas da marginalidade, da exclusão social, da toxicodependência, do alcoolismo e do crescente número de sem-abrigo têm sido abordados por nós frequentemente, na forma de denúncia pública de um mal que urge combater.

Nesta, uma noite qualquer, o repórter do FN deu mais uma pequena volta e captou estes momentos, que dispensam palavras. Fica à discrição do leitor, o acto de tirar conclusões sobre a forma como as entidades competentes estão a lidar com este fenómeno.

As imagens, como se refere, foram captadas desde as proximidades da Secretaria da Inclusão e Cidadania até ao Oeste do Funchal, em plena zona hoteleira. E, como é sabido, uma imagem vale por mais de mil palavras. O que não é transmissível, e que o repórter captou, é o cheiro a urina em certos locais onde dormem estas pessoas, e a impressão dramática de pura e simples degradação de quem vive o Funchal nestas condições.