O PAN Madeira emitiu recentemente um comunicado no qual analisa diversos problemas do Funchal, dizendo que por ocasião do aniversário da urbe, percorreu caminhos, becos e vielas para perceber “que afinal o Funchal não está sempre à frente e que o seu presidente de Câmara faz bem em assumir que não tem soluções – para o aumento da dependência das drogas – do consumo de álcool –para a delinquência e dizem os habitantes do Funchal que para o ambiente – para o envelhecimento – para a pobreza – para a falta esperança – também não tem”.
Elencando uma série de problemas e situações, o PAN constata:
“1) os estacionamentos no largo do município que afinal iam ser, mas já não são;
2) as teleconsultas, para combater as listas de espera, continuam” virtuais”;
3) os despachos iam ser mais céleres, mas os tempos de espera aumentaram;
4) melhorou a comunicação com a comunicação social;
5) tal como acontece com o governo regional começou Lisboa a ser culpada por tudo o que não se consegue realizar;
6) os sem abrigo continuam sem porta e aumentaram;
7) o barulho dos bares e das festas ultrapassa a legislação em vigor;
8) a protecção ao animal, só se for aos animais “virtuais”.
Já no Imaculado Coração de Maria, o PAN elogiou “o dinamismo e a simpatia do novo presidente da junta” foram uma boa surpresa, embora não traga “a segurança que outrora os habitantes sentiam”.
Quanto ao bairro da Penha de França, continua por recuperar, e os fregueses continuam sem ter locais de convívio ou lazer para os mais jovens, mas também para os menos jovens.
“No Monte continuam a faltar tanto as pessoas, principalmente os jovens, como o ordenamento do território e a requalificação das zonas altas e ainda das mais altas. A saúde do arvoredo e a sua manutenção é um receio de muitos fregueses”, refere o PAN.
Em Santa Luzia “repetiram-nos o problema do envelhecimento da população e dos cuidados necessários, pois os jovens continuam a ir e a não voltar, o que leva à solidão dos pais. Solidão que poderia ser minorada se existissem na freguesia locais e convívio onde as pessoas se pudessem encontrar”.
Em Santa Maria Maior, longe da zona velha, “faltam os passeios, para que as crianças os pais e os avós se possam deslocar em segurança, mas impera o ruido que limita a tranquilidade daqueles que escolheram a alma da cidade para viver. Também a degradação do edificado e a falta de limpeza dos terrenos preocupa as populações, que ainda tem presentes os incêndios de 2016”.
Em Santo António, refere o PAN, a grande preocupação é o tráfico e consumo de droga, que provocam “miséria e misérias numa freguesia com 14 conjuntos habitacionais, muitos dos quais deixados à sua sorte pela Câmara do Funchal e pelo IHM, onde a limpeza nem sempre é a melhor, nem tão pouco a atribuição de casas, pois algumas famílias numerosas acomodam-se em T2 e outras menores em T4”.
Em São Martinho, “a qualidade das águas balneares deixa muito a desejar, assim como a limpeza urbana, as expropriações feitas e não pagas são motivo de revolta para aqueles a quem foi tirado o que era seu sem a devida compensação. A toxicodependência e a delinquência são motivo de dor e preocupação. As prometidas requalificações na Nazaré avançam a um ritmo de gerações e não da vida diária”.
Em São Roque, prossegue o partido, “a toxicodependência e a delinquência são motivo de grande preocupação o que associado à falta de segurança, provoca inquietação entre a população. A falta de locais de convívio/ lazer para os mais jovens, mas também para os menos jovens é sentida e à muito reclamada pela população. A falta de água, acessos, saneamento e a demora na legalização de algumas moradias são preocupações dos habitantes das zonas altas da freguesia”.
Por outro lado, em São Gonçalo a divisão efectiva da freguesia “é uma das grandes preocupações dos habitantes da freguesia, a nível da mobilidade, das acessibilidades e dos transportes públicos. Também a demora na resolução dos apoios para a recuperação do parque habitacional e a falta de limpeza dos terrenos são preocupações das populações de São Gonçalo”.
Em São Pedro, por seu turno, “a falta de segurança é uma preocupação bem vincada na população duma das freguesias centrais do Funchal, também a circulação automóvel é uma preocupação, quer pelo excesso de carros, quer pela falta de estacionamento. A solidão associada à falta de segurança e de locais de convívio são lamentos constantes dos mais idosos”.
E na freguesia da Sé, os sem-abrigo, a toxicodependência e a segurança são as grandes preocupações dos seus habitantes.
O PAN propõe, para resolver estes problemas, a criação da Polícia Municipal; medidas de apoio ao rejuvenescimento da população, com apoio efectivo à natalidade, manuais gratuitos do 1º ao 12º ano de escolaridade, criação do “Pólo do Conhecimento” com residência associada para estudantes de fora do município; negociação com o governo regional para a introdução de transportes gratuitos no município de Funchal, para diminuir a entrada de carros na cidade e a poluição atmosférica; Projecto “no Funchal eu conto” – o combate ao álcool, à toxicodependência e à indigência deve ser uma realidade, os jovens são cada vez mais escassos e por tal mais valiosos; e uma série de outros projectos de recuperação da malha urbana, de reflorestação e de desporto e lazer.