As intervenções de recuperação em estradas nos sítios do Entroncamento das Lombadas e dos Lameiros e no sítio dos Lagares, já estão terminadas. Estas duas empreitadas, da responsabilidade do Governo Regional, foram orçadas em cerca de 4 milhões de euros e vêm permitir concluir a primeira fase de reabilitação dos troços viários danificados pela intempérie de 25 de Dezembro de 2020, que assolou as freguesias da Ponta Delgada e da Boaventura, refere uma nota governamental.
Entretanto, também já está concluída a obra de recuperação da Estrada Municipal da Travessa, na Boaventura. Trata-se de outro dos acessos muito danificado pela intempérie. Esta é uma empreitada concretizada pela Câmara de São Vicente, através de contrato-programa assinado com o Executivo madeirense.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, visitará amanhã as obras em causa, a partir das 10 horas.
As obras arrancaram em Agosto de 2021. As primeiras intervenções a irem para o terreno foram as da alçada da Direção Regional de Estradas, as do Entroncamento das Lombadas, Sítio dos Lameiros e Sítio dos Lagares, entretanto já terminadas.
Neste momento estão a ser preparados os procedimentos para o lançamento dos concursos para as restantes obras que faltam executar, prossegue o comunicado da Quinta Vigia.
A empreitada de “Reposição das Condições Mínimas de Segurança e operacionalidade na ER 211, na sequência do temporal de 25 de Dezembro de 2020 – Sítio dos Lameiros 1, Lameiros 2 e Entroncamento das Lombadas” foi adjudicada por 1.339.560 (com IVA), com um prazo de execução de seis meses. Já a empreitada de “Reposição das Condições mínimas de Segurança e operacionalidade na ER 211, na sequência do temporal de 25 de dezembro de 2020 – Sítio dos Lagares” foi adjudicada por 2.664.728,62€ (com IVA) e com um prazo de execução de oito meses.
A primeira empreitada implicou a construção de novos muros de suporte e estabilização de taludes, mantendo a estrada ER 211 com as mesmas características que tinha anteriormente ao temporal, quer em termos geotécnicos e estruturais, quer em termos hidráulicos.
No âmbito do projecto realizado incluiu-se também a intervenção sobre a estrada ER 211 em termos rodoviários, integrando a reposição do traçado rodoviário, a pavimentação e a redefinição da sinalização e dos equipamentos de segurança considerados necessários.
No sítio dos Lagares, procedeu-se à execução de um muro de gravidade em betão ciclópico com cerca de 13,5 m de altura total, fundado em microestacas, com uma extensão de cerca de 55 metros, visto que o enquadramento geológico-geotécnico do local sugeria que a instabilização que ocorreu se deveu fundamentalmente ao colapso pela fundação do muro de gravidade que suportava a estrada.
Foram feitos também trabalhos de drenagem e, após a conclusão de todos os trabalhos relacionados com a estabilização do talude, procedeu-se à repavimentação da estrada ER 211, bem como à reposição da respectiva sinalização horizontal, ao longo da extensão.
Quanto à obra da Câmara da Ponta Delgada, a de requalificação da Estrada Municipal da Travessa, na Boaventura, a mesma já está concluída e custou 325.088,01€ (já com IVA), através de contrato programa com o Governo Regional.
Tratou-se de uma obra da responsabilidade do Município de São Vicente, que teve por objectivo a intervenção na via de circulação citada, de modo a proceder-se à sua beneficiação, recuperando os danos causados na intempérie de 25 de Dezembro de 2020, onde grande parte desta via de comunicação e as suas infraestruturas foram danificadas, refere o GR.
O caminho em causa serve vários terrenos potencialmente agrícolas e ainda moradores locais, seus proprietários.
Neste sentido, foi decidido proceder a trabalhos preparatórios e trabalhos de saneamento de aterros e preenchimento destes, nas zonas afectadas, assim como a reposição de todas as camadas da estrutura de pavimento existente.
Foi ainda deliberado proceder à execução de infraestruturas de drenagem que aliadas às existentes garantam o rápido escoamento de caudais elevados. Para tal foi idealizado um sistema de drenagem subterrâneo, que recolhe as águas circundantes na valeta e assim se garante o rápido escoamento das águas superficiais, mantendo, deste modo, a integridade da estrutura de pavimento.
Procedeu-se ainda à demolição e restituição integral do pavimento desde o quilómetro 0 ao quilómetro 0,16 em toda a sua estrutura. No restante troço procedeu-se à sua beneficiação.
A obra incluiu ainda a substituição da rede actual de abastecimento eléctrico aérea, por uma nova infraestrutura enterrada com recurso a caixas de visita. Prevê-se ainda a substituição da rede de iluminação actual em poste de madeira e lâmpadas de vapor de sódio com abastecimento garantido por um cabo aéreo, por uma rede em cabo enterrado e colunas de iluminação metálica com lâmpadas led de baixo consumo.