O edil funchalense, Pedro Calado, alertou para a necessidade de “influenciar a nossa juventude de forma a melhorar o futuro da União Europeia e a nossa vida”, defendendo que as politicas a serem definidas , quer sejam municipais , quer a nível de governos regional, central, e a nível europeu, têm de ter em conta o quadro sócio-económico e a constituição da população da Madeira.
Calado falava no discurso de abertura da ‘Conferência sobre o Futuro da Europa: Turismo, Educação, Cultura, Juventude e Desporto’, que se realizou sexta-feira no auditório do Museu da Electricidade.
Pedro Calado partilhou algumas preocupações perante indicadores que demonstram que estamos perante uma população cada vez mais envelhecida, com menos nascimentos e mais óbitos.
“A população residente na RAM nos últimos 11 anos diminuiu 6%. O concelho do Funchal acompanhou a mesma tendência. Representa quase 45% da população que nós temos na Região. O número de nascimentos tem baixado cerca 7% ao ano. Tivemos entre 2010 e 2021 menos 700 nascimentos por ano e acumulados em igual período menos 7 mil e 45 nascimentos na Região. Isto com a agravante, de se ter registado mais óbitos e menos nascimentos”, frisou.
O presidente da CMF adiantou que ao olhar para a estrutura da nossa população etária, “temos uma população cada vez mais envelhecida, e, se olharmos para uma faixa etária acima dos 65 anos, temos um crescimento de 33% e temos uma redução entre 30 a 40% entre o escalão de 15 a 24 anos e de 24 a 64 anos”. Ou seja, “nós temos uma sociedade cada vez mais envelhecida, cada vez com menos jovens e com dificuldades de os enquadrar dentro do movimento estudantil”, refere.
Pedro Calado salientou neste âmbito, que entre “o 1º e o 3º ciclos tivemos uma diminuição nos últimos 10 anos entre 5 a 7 mil jovens”. “Há menos jovens a frequentar o ensino porque não há nascimentos”, salienta, dando conta, por outro lado, que o número de estudantes a frequentar o ensino superior fora da região tem aumentado”.
Outro indicador que lançou para reflexão é que a população activa diminuiu 38%.
Pedro Calado entende que importa olhar para estes indicadores e definir políticas. A este propósito, lembrou que a CMF tem uma política para ajudar a resolver estas situações em termos futuros, que “passa por atrair mais pessoas para o Funchal, apoiando os jovens, ao desenvolver uma politica de juventude, de desporto e de atenção à área cultural”, refere uma nota de imprensa.