Estepilha: trabalho 4 dias por semana? E ele não falou nas férias?

Rui Marote
O maroto Estepilha não pode ignorar os partidos que nesta altura tanto prometem. O MAS-Movimento Alternativa Socialista propõe uma semana só com quatro dias de trabalho. Dizia Fernando Pessa “E esta, hem!?”. A proposta não é nova na cena mundial. Mas será concretizável?
Conta-se que no Brasil, durante um comício de campanha um candidato à presidência do país afirmou que, caso vencesse as eleições, o povo trabalharia apenas um dia no ano e ganharia o ano todo. No meio da multidão um cidadão com problemas de audição perante uma algazarra de regozijo perguntava o que sr .presidente disse:- “Que vamos trabalhar um dia no ano e vamos ganhar “o ano todo”, responderam-lhe.  Ah, exclamou: – “E ele não falou nas férias?!”
As campanhas eleitorais começaram oficialmente. Desde então já surgiram candidatos com toda a sorte de promessas: melhoria da saúde, da educação, da segurança, do transporte público. E não é para menos. Burla qualificada não se aplica às promessas políticas. Aliás, o FN recorda a posição peregrina do Ministério Público da RAM, que, face a uma polémica na universidade, em que uns docentes acusaram outros de mentir no currículo, concluiu, preto no branco, que “mentir não é crime”…
Por que é que as promessas não são cumpridas? Os políticos não têm bom conhecimento dos cargos e prometem o que não podem realizar, ou por franca por má fé. Promessas eleitorais quando não são cumpridas não são crime porque ninguém pode obrigar os candidatos a cumprir. Donde, se pode concluir que ser político pode ser uma das mais irresponsáveis actividades do ser humano.
Assim até o Estepilha podia ser político…