Os candidatos do Bloco de Esquerda pela Madeira, estiveram hoje a trocar impressões com os estudantes da Universidade da Madeira, no Madeira Tecnopólo.

A candidata às próximas eleições legislativas nacionais, Luísa Santos, referiu que “em Portugal a despesa com o ensino superior é muito pouca, não chega a 1,5% do PIB, e que, no que se refere à Universidade da Madeira, o financiamento só cobre 85% das despesas com o pessoal, conforme, aliás, disse ontem no telejornal o Reitor da Universidade da Madeira.

Assim, entende que “o único modo de impedir todas as situações de injustiça é aumentar o financiamento ao ensino superior. O BE propõe atingir na próxima legislatura os 3% do PIB.”

Por outro lado, a candidata recordou que “há professores e investigadores com contratos precários, nunca têm vínculo com as universidades, pessoas que não podem ter projectos de vida pessoal a longo prazo. Trabalham na precariedade. No entanto, assegura, “a investigação é fulcral para o desenvolvimento e para a notoriedade das universidades. A investigação garante a evolução.”

A título de exemplo, referiu, na semana passada tomou-se conhecimento que a equipa de investigadores liderada por Sónia Melo, da Universidade do Porto, proporcionou um grande avanço no tratamento do cancro do pâncreas através do seu trabalho. “É obrigatório apoiar estes investigadores”, consideram os bloquistas.

Luísa Santos realçou ainda que “as universidades formam alunos que não podem ser clientes dessa universidade como alguns partidos defendem”. O Bloco de Esquerda foi o partido responsável pela redução do valor das propinas com o objectivo de chegar à gratuitidade. “Porque a educação tem de ser para todos e não só para os que podem pagar”, defende.