Morreu o emigrante que um avião-ambulância tinha vindo buscar para levar para a África do Sul

*Com Rui Marote

É uma notícia lamentável: morreu ontem à noite o emigrante madeirense na África do Sul, Severino Gonçalves. Com 76 anos de idade, tinha já um avião-ambulância no Aeroporto da Madeira, pronto para levá-lo dos hospitais da RAM para a África do Sul, conforme diligências levadas a cabo pela família, insatisfeita com o Serviço de Saúde da Região, conforme o Funchal Notícias narrou ontem em primeira mão.

Após seis meses internado na RAM, depois de ter contraído Covid-19, e de permanências quer no Hospital Dr. Nélio Mendonça, quer no Hospital dos Marmeleiros, Severino Gonçalves, antigo presidente do Conselho Fiscal da Casa da Madeira em Joanesburgo, deveria ter partido rumo à África do Sul na segunda-feira. O avião-ambulância que o veio buscar chegou ontem, importando numa despesa de muitos milhares de euros para a família. Porém, entretanto faleceu no Hospital Dr. Nélio Mendonça. Estava seriamente doente, embora já tivesse recuperado da Covid-19; tinha contraído uma infecção por bactéria hospitalar e apresentava também outros problemas de saúde.

A filha, Vanessa, já tinha partido para a África do Sul, onde aguardava a chegada do pai. Acabou por receber entretanto a má notícia.

Radicado no sul de Joanesburgo, Severino Gonçalves era empresário na área do comércio de víveres e bebidas, e tinha empreendimentos também na Madeira

O doente deveria ter sido transferido, se tudo corresse como previsto, da Madeira para a unidade hospitalar particular de Ridley Park, em Joanesburgo. Acabou por falecer na RAM, antes disso, o que teve, naturalmente, grande impacto na família.