Foram hoje aprovadas por maioria as propostas do orçamento e as opções do plano para 2022, em reunião da Assembleia Municipal do Funchal.
O edil Pedro Calado mostra-se satisfeito, considerando que a CMF se liberta do “sufoco financeiro” que vinha do passado e que vai conseguir materializar obras, algumas das quais já no terreno, o que, diz, deixa” irritada” a coligação ‘Confiança’.
“Prometeram-se durante 8 anos muitas coisas, mas pouco ou nada estava feito”, assegurou. “As obras estavam paradas e nós vamos concretizar”, acrescenta, dizendo que pretende ainda “disciplinar a “bagunça” da empresa municipal Frente Mar para salvaguardar os postos de trabalho de centenas de trabalhadores e de quem efectivamente trabalha”, refere um comunicado.
Outra promessa deixada por Pedro Calado é que não vai empregar, “nem tios, nem primos, nem sogras, nem irmãos, nem mulheres, nem maridos, pois aqui não há relacionamentos familiares”, promete.
O orçamento municipal para o próximo ano, no montante de 110 milhões de euros, o maior dos últimos 20 anos, cumpre com o que foi prometido, respondendo, positivamente, às expectativas e anseios dos munícipes, das famílias e das empresas, garante. Calado salienta a parte social, referindo que há mais de 5,8 milhões de euros para apoios. Um aumento que significará uma execução superior ao que foi concretizado no ano transacto em mais 44%.
São mais 20% para aquisição de manuais escolares, mais 30% para bolsas de apoio ao ensino universitário, mais apoios alocados ao arrendamento, à comparticipação de medicamentos, à natalidade e à conservação e recuperação de habitações, prossegue a nota enviada às Redacções.
Duas medidas inovadoras deste orçamento são as teleconsultas familiares e as teleconsultas veterinárias.
O orçamento da CMF reduz também a carga fiscal, a eliminação da derrama e garante a devolução de 2,5% do IRS. Em 2023 , os munícipes vão receber de reembolso municipal 3 milhões de euros, afirma-se.
O dito orçamento promete ainda alavancar investimentos camarários na habitação social, requalificação dos mercados municipais, controlo de fugas da rede de água, recuperação da confeitaria Felisberta, licenciamento e requalificação do canil do Vasco Gil, arranque da nova ETAR, a conclusão do edifício do antigo Matadouro, entre outros.
“Simplificar e desburocratizar” é também intenção declarada da CMF.
Pretende ainda o executivo agir na manutenção dos jardins públicos, na limpeza da cidade, na dinamização do comércio local e de rua, na preservação do património cultural e histórico e na valorização dos agentes culturais.
A votação do orçamento da CMF foi a seguinte: Votos a favor da Coligação Funchal Sempre à Frente(PSD/CDS). Votos Contra do PS, CDU, BE, MPT e CHEGA. Abstenções do PAN e do PDR.
Já em relação às opções do Plano foram aprovadas com os votos a favor da Coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS), CHEGA e do PAN. Só a CDU votou contra. Os restantes partidos abstiveram-se.
Pedro Calado diz ter ficado surpreso com o voto contra do PS, já que este argumentou que o orçamento era mais do mesmo e que se limitava a replicar o trabalho que vem de trás. Sendo assim, votava a favor e não contra, argumenta, referindo que é por isso que a população deu o voto ao projeto ‘Funchal Sempre à Frente’.