
O governante com a pasta da Saúde e da Protecção Civil, Pedro Ramos, veio hoje justificar as medidas tomadas na última resolução do GR com o aumento do número de casos de Covid.19 na Região e também o aumento do número de mortes, acompanhando a tendência mundial. Numa conferência de imprensa na sede da SRSPC, acompanhado por Herberto Jesus e Rafaela Fernandes, respectivamente, director regional de Saúde e presidente da administração do Hospital Dr. Nélio Mendonça, Pedro Ramos afirma que o aumento mundial de infecções e de mortes surge “porque as barreiras mais simples de conter a pandemia estão a ser quebradas”, nomeadamente o uso de máscara, o distanciamento social, a desinfecção das mãos, além do teste, para quebrar as cadeias de transmissão, e a vacina, para diminuir a gravidade da doença, os internamentos e os mortos.
Estes são “internamentos e mortes evitáveis”, e que, reconheceu o secretário regional da Saúde, afectam também os vacinados “com comorbilidades, como aconteceu mais uma vez, e infelizmente, hoje”. Porém, “as percentagens são mais elevadas nos não-vacinados”.
Quanto às medidas determinadas pelo Governo Regional, diz que se justificam porque “não queremos estragar o Natal”, e porque se destinam “a proteger a população” e “são temporárias”.
Disse contar “com a colaboração” dessa mesma população e mostrou-se “muito satisfeito” com a resposta imediata da mesma, fazendo “mais testes e vacinas”.
Apelando à “responsabilidade moral e social para com os outros”, disse que “todos são necessários” para conter a pandemia, e afirmou que “não queremos agora” os isolamentos, sejam “totais ou parciais”.
Respondendo a dúvidas expressas publicamente sobre a capacidade de testagem, afirmou: “Temos capacidade de resposta em todos os postos aderentes”. E diz mesmo que a RAM é capaz de efectuar uns dez mil testes por dia.
“Não queremos ter a pandemia dos não vacinados, como a América e alguns países europeus”, declarou, citando o virologista Pedro Simas.
“A batalha contra o Covid-19 depende de cada cidadão”, referiu.
Pedro Ramos admitiu que as crianças devem ser vacinadas, e que se espera uma tomada de posição da Agência Europeia do Medicamento, para se decidir como se procederá à vacinação das crianças na RAM. As evidências científicas, apontou, levam a crer que é benéfico vacinar as crianças.