Zonas altas do Funchal ao abandono, denuncia a CDU

Os candidatos da CDU aos órgãos autárquicos do concelho do Funchal foram contactar com a população das Zonas Altas da freguesia de Santo António, onde foi, afirmam, possível constatar a falta de investimento e o desprezo por parte do Executivo da Câmara Municipal do Funchal PS/ BE, para com as reivindicações dos habitantes das zonas altas da urbe, assim como a inércia do executivo da Junta de Freguesia de Santo António PSD, para defender o direito à cidadania de quem reside nesta freguesia.

Nesta iniciativa o cabeça de lista da CDU à Junta de Freguesia de Santo António, Ricardo Lume, referiu que “as populações da freguesia de Santo António e, em particular, as pessoas residentes nas Zonas Altas, estão a ser completamente desprezadas pelo Executivo Camarário do PS/BE”.

Um exemplo claro desta realidade, apresentou, é o que se passa na zona do Ribeiro Lavadouro, Vereda do Corgo e Vereda do Laranjal Pequeno onde os moradores reivindicam há décadas por acessibilidades dignas.

Os moradores destas localidades mobilizaram-se novamente em torno deste objectivo comum que os une, e conseguiram recolher um abaixo-assinado com cerca de 400 assinaturas, que foi entregue no passado dia 7 de Maio na Câmara Municipal do Funchal. Lamentavelmente, até ao dia de hoje, a população ficou sem resposta, informam os comunistas.

Também é lamentável a inércia da Junta de Freguesia na defesa dos interesses da população, visto que na Assembleia de Freguesia de Santo António foi aprovada por unanimidade uma resolução apresentada pela CDU, que defendia a intervenção da Junta de Freguesia no sentido de garantir a construção da referida acessibilidade, mas até à presente data também nada foi concretizado.

Nos últimos quatro anos, dizem os comunistas, dos 112 milhões de euros definidos nos planos plurianuais de investimentos da CMF, apenas 5 milhões foram utilizados em investimentos nas zonas altas do Concelho, nomeadamente em novas estradas, saneamento básico e rede de águas, o que representa apenas 4,4% do investimento da Câmara Municipal nos últimos quatro anos.

Esta realidade demonstra, ao contrário da propaganda, que muito pouco está a ser feito para garantir o direito à cidadania a quem vive nas zonas altas, concluem.