Albuquerque desvaloriza festejos futebolísticos depois do recolher obrigatório

Miguel Albuquerque desvalorizou hoje, em declarações prestadas à margem de uma visita a uma exploração agrícola no Faial, o desrespeito pelo recolher obrigatório e distanciamento social ontem nas comemorações sportinguistas no Funchal, dizendo “não ter poderes de Polícia” e considerando que não se pode dizer que tenha havido violações graves ao que está estabelecido na lei.
“Houve alguns excessos”, admitiu, “mas também vamos ser razoáveis. As pessoas cumpriram, a PSP interveio, não houve violência, não houve nada de grave. Houve uns apitos, umas pessoas satisfeitas”.
“Nós não vivemos num estado totalitário”, justificou. “A situação foi devidamente contida”. E mais acrescentou que as normas não são impostas por “um ditador” mas sim determinadas pela saúde pública.
Por outro lado, manifestou-se satisfeito com a forma como está a decorrer a vacinação na Região.
Falando relativamente à visita efectuada à exploração frutícola no Faial, propriedade de José Carvalho Nunes, o governante voltou a considerar que a aposta da RAM numa agricultura moderna, tecnicamente avançada, com todos os apetrechos e com formação por parte dos empresários.
Foi esse, disse, o caso do empresário hoje visitado, que “teve formação na área do tratamento e da poda de árvores de fruto”, através  da Escola Agrícola da Madeira.
O governante aconselha, aliás, todos os empresários agrícolas a frequentarem esses cursos, porque, conforme justificou, “um bom tratamento da fruteira ou uma boa poda significa o aumento da produção e o aumento da rentabilidade da exploração”.
“É uma exploração moderna, com todos os apetrechos técnicos para ter sucesso. Está situada numa zona lindíssima e está imaculada no que se refere ao tratamento das árvores que aqui estão, sobretudo ao nível dos citrinos. Está numa fase inicial de produção, mas prevê-se sucesso para a mesma”, acrescentou.
Referiu, por outro lado, que o empresário pretende avançar para uma unidade de turismo rural, requalificando a casa antiga junto à exploração. E anunciou que a Região vai apoiar esse projecto, através dos fundos comunitários.
O investimento em toda a exploração foi comparticipado pelo PRODERAM 2020.