CDS-Madeira, o “patrocinador” da JPP de Gaula

Rui Marote
Esta é mais uma história negra do CDS-Madeira a juntar ao rol. Destinada a acabar com a soberania do PSD em Santa Cruz custasse o que custasse. E, como diz o povo, vão-se os anéis, ficam os dedos…
Rui Barreto mantinha uma amizade com Filipe de Sousa, já de longa data. Eram colegas de trabalho da Empresa de Electricidade da Madeira, na rua do Ribeirinho de Baixo. Foi tudo cozinhado em lume brando. Em 2013 a JPP, com o apoio de vários partidos, concorreu
às eleições autárquicas.
O grande  patrocinador dessas eleições foi o CDS, que não concorreu ao acto eleitoral, deixando caminho aberto ao grupo de Gaula, oferecendo apoio em material de propaganda como placares, “outdoors”, aparelhagens sonoras e dinheiro. Mas não ficou por aqui: emprestou militantes para integrar as listas, como se se tratasse de uma equipa de futebol, entre eles Miguel Alves, vogal da comissão política, algumas vezes à “revelia do partido” que ainda hoje integra os quadros do executivo, acabando por deixar o CDS.
Outro nome foi Leontina Serôdio, que foi presidente da Assembleia Municipal de Santa Cruz, esposa do ex-presidente do partido Lopes da Fonseca, actual líder parlamentar.
Em 2017 regressa ao partido onde encabeça a lista do CDS à Camara.
Que dividendos tirou o CDS? Esquecer a sigla do partido, ou melhor, reduzir o partido a cinzas neste concelho, quando a Camacha foi durante anos a imagem do mesmo… Hoje vai coligado com o PSD. Como se diz, “até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”. Hoje não tem nada para dar, a teta da vaca secou, resta somente deixar se levar pelas laranjas amargas, porque o fruto proibido do jardim do Éden já não volta atrás. Ah, que saudades de voltar ao passado… Este CDS deixou-se levar pelo desejo, pela ilusão…