Protecção Civil municipal recomenda medidas mais restritivas contra a Covid-19 no Funchal

A Comissão Municipal de Protecção Civil do Funchal recomenda a aplicação ao concelho de medidas de combate à COVID-19 mais restritivas do que aquelas que estão neste momento em vigor, face ao aumento do número de casos confirmados no Funchal, nos últimos 14 dias. A conclusão resultou hoje de uma reunião da dita Comissão, por videoconferência.

A mesma integra o Delegado de Saúde do Funchal, o SESARAM, a Protecção Civil Municipal, os Bombeiros Sapadores do Funchal, os Bombeiros Voluntários Madeirenses, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Polícia Marítima, o Instituto de Segurança Social da Madeira, a GNR e a PSP.

“Face ao aumento do número de casos confirmados no Funchal, reunimos a Comissão Municipal de Protecção Civil, e foram unânimes as conclusões de que o Funchal necessita de medidas mais restritivas, nomeadamente aquelas que já são implementadas noutros concelhos do território nacional que têm um rácio de casos como aquele que o Funchal tem actualmente. Todas as entidades presentes concordaram que não podemos deixar para mais tarde as acções que são necessárias implementar agora”, explicou o presidente da Câmara Municipal, Miguel Gouveia.

Entre as possíveis medidas a implementar no concelho, mas que terão de ser regulamentadas ou pelo Governo Regional ou pelo Governo da República, a Comissão Municipal de Protecção Civil recomendou a promoção do teletrabalho e de horários espelhados, o dever de recolhimento em período nocturno, a restrição de eventos e a adaptação dos horários de funcionamento dos serviços a esta nova realidade.

Miguel Gouveia sublinhou que “é isso que cabe agora à Câmara Municipal do Funchal transmitir às entidades que têm efectivamente a responsabilidade de legislar sobre esta matéria, perante uma situação que é excecional. O que vamos solicitar é que este conjunto de medidas que já está previsto no estado de emergência a nível nacional, e que está a ser aplicado por todo o país, seja igualmente adaptado à Região e aplicado no Funchal, para que os funchalenses estejam protegidos com medidas especiais, como no resto do país.”

“A minha missão enquanto presidente da Câmara é defender sempre a cidade do Funchal e os funchalenses, e esta Comissão concluiu que devemos ter medidas excepcionais, pelo que temos de estar todos concentrados numa causa que é maior do que nós, que é a causa comum da saúde pública. Não é tempo de fazermos experimentalismos, e se há medidas que já são aplicadas com sucesso noutros concelhos do país, é tempo delas serem aplicadas aqui.”