Albuquerque visita importante “zona-tampão” contra incêndios na Fajã da Ovelha

O presidente do Governo Regional visitou hoje um projecto florestal, numa área de 28,5 hectares, localizado no sítio da Pedra Ruiva, na freguesia da Fajã da Ovelha, Calheta. Uma visita envolta em polémica, já que há quem acuse o governo de ter usurpado indevidamente os terrenos. Questionado pelos jornalistas, Miguel Albuquerque disse que a posição governamental e da Câmara é muito simples. “Todo o processo foi analisado pelo PRODERAM, que é um financiamento também europeu; todos os documentos foram facultados, inclusive registo de propriedade e escrituras; e neste momento, não houve qualquer impugnação nem judicial nem extra-judicial (…) Temos de olhar é para a realidade documental. É evidente que qualquer pessoa que queira reclamar tem todo o direito de o fazer (…) nas instâncias judiciais”.

Na oportunidade, Albuquerque considerou que esta é uma “zona-tampão” muito importante de prevenção de incêndios. Nos 28 hectares que constituem esta zona, está a ser limpa toda a carqueja, que é altamente combustível, que está a ser substituída por vegetação de castanheiros e plantas endémicas. A zona conta também com tanques de abastecimento de água, situados numa zona crítica, que de forma recorrente tem registado imensos incêndios

“Numa altura em que se fala só da pandemia, penso que é importante chamar a atenção para o facto de que a prevenção de incêndios é outra preocupação do governo”, e à qual há que estar permanentemente atento.

Os tanques de água permitirão também o reabastecimento do helicóptero de combate aos fogos.

Também naquele local está a ser criada uma lagoa, um dos principais projectos de energia renovável na RAM, diz Miguel Albuquerque. Ali será utilizada energia hídrica e eólica. O projecto “dará um grande contributo para que a electricidade na Madeira”, numa percentagem muito significativa, que consubstancia um “passo decisivo” na política ambiental e energética na RAM.