O JPP alertou para a falta de condições de trabalho das assistentes domiciliárias que, segundo Paulo Alves, “desempenham funções fundamentais no apoio aos nossos idosos”. O JPP diz já ter alertado para a situação de trabalho precário bem como para o número insuficiente de assistentes domiciliárias para dar uma resposta adequada às necessidades existentes. O JPP afirma saber que cada assistente domiciliária tem a seu cargo cerca de oito idosos, “um número claramente excessivo para que seja possível prestar cuidados de qualidade”.
Em 2016 houve o reforço de assistentes domiciliárias ao serviço, “com cerca de 46 colocações. Em 2018, houve mais 30 contratações quando o compromisso era de contratar 88 profissionais, o que não veio a acontecer” com a justificação de “não havia orçamento”.
Mas no contexto actual, com a doença do Covid-19, “verificam-se outras queixas, nomeadamente, a “falta de equipamento de protecção individual para a salvaguarda da segurança, quer dos idosos, quer dos profissionais.”
“Neste momento cada assistente domiciliária recebe apenas seis máscaras cirúrgicas por semana, quando as indicações são de usar 1 máscara por idoso. Com 6 máscaras para uma semana, e num só dia, 8 idosos, como se protegem estes profissionais?”, questiona o deputado.
Em 2019, durante a campanha eleitoral, Miguel Albuquerque prometeu mais atenção e apoio a esta classe social com a revisão da carreira e o aumento do valor pago por quilómetro efectuado em serviço e em viatura pessoal. No entanto, até hoje, “as promessas feitas, não foram cumpridas”, situação que o JPP considera “inadmissível”.