Madeira desespera pelos apoios da República e Rui Rio adianta-se com propostas no parlamento nacional

Albuquerque conta com Rui Rio para conseguir aquilo que não conseguiu junto do Governo da República, apoios tendo em vista enfrentar as consequências das medidas de contenção à Covid-19 e às previsíveis dificuldades da retoma.

Albuquerque já tinha dito que a manter-se um impasse nos pedidos de apoio da Região à República, para fazer face às medidas resultantes da crise provocada pela Covid-19, seria o próprio PSD a assumir a dianteira, em sede de Assembleia da República, onde o PS não tem maioria absoluta e as decisões podem proporcionar uma aceleração dos apoios à Região.

Hoje, uma nota social democrata dá conta que “na sequência dos contactos entre Miguel Albuquerque e Rui Rio, no sentido de serem dados passos concretos a favor das solicitações da Região para fazer face aos fortes constrangimentos financeiros decorrentes da pandemia COVID-19, o PSD Nacional deu entrada de dois projetos de lei, na Assembleia da República, conforme já havia sido anunciado, pelo Presidente do Governo Regional, caso o Governo da República não respondesse logo após o fim do Estado de Emergência.

A nota lembra que “apesar das diligências, quer de Miguel Albuquerque quer de Rui Rio, o Governo da República continuou a ignorar as solicitações da Região, não deixando outra alternativa que não a de serem apresentadas estas iniciativas no Parlamento nacional, para acudir às necessidades da sua população e da sua economia, fortemente afetadas por esta crise”.

O primeiro projeto “está relacionado com a suspensão dos artigos 16º e 40º da Lei de Finanças das Regiões Autónomas, permitindo assim à Madeira a oportunidade de se financiar para conseguir fazer face às medidas urgentes de apoio às famílias e ao setor empresarial regional. Sem esta suspensão, a Madeira, apesar do seu superavit orçamental, está impedida ao nível do endividamento”.

A segunda iniciativa que deu entrada no Parlamento tem por objetivo a libertação, indispensável, de meios financeiros necessários para fazer face à situação presente e de futuro próximo vivida no Arquipélago.

Assim, a proposta visa libertar a Madeira do pagamento das duas próximas prestações do empréstimo do PAEF, a vencerem em julho de 2020 e janeiro de 2021, no montante de 48 Milhões de euros cada uma, o que perfaz um total de 96 milhões de euros, montantes indispensáveis, mas mesmo assim insuficientes, para a urgência do momento presente.

“Graças ao PSD e, depois da inexplicável falta de resposta do Governo nacional, até agora, será na Assembleia da República que a Madeira fará valer as suas justas reivindicações. Este será um momento de clarificação, em que os interesses do Povo da Madeira estarão – tal como sempre – acima de quaisquer outros, nomeadamente interesses partidários”, refere o documento enviado à comunicação social.