CDU propõe ao GR medidas de avaliação de riscos inerentes à actividade sísmica

A CDU veio hoje propor medidas para reduzir impactos sísmicos nas ilhas da Madeira e do Porto Santo, na sequência do recente tremor de terra de maior intensidade, que ultrapassou 5 na escala de Richter e foi mais sentido na RAM do que a pequena actividade sísmica que normalmente nem é apercebida pela população. Esta força política entende que “numa situação sísmica de maior dimensão, como recentemente todos nos apercebemos, a maior parte das populações, grande parte das habitações, infraestruturas não estão preparadas para um mais forte impacto (…)”, pelo que importa “tomar medidas urgentes a fim de prevenir danos, gerir situações de crise e reduzir eventuais impactos de catástrofe”.

Por isso a CDU propõe, pela voz do coordenador regional, Edgar Silva, ao Governo da RAM uma avaliação de riscos inerentes à actividade sísmica, considerando as questões da prevenção, da gestão e das medidas de resposta e de reparação dos danos que possam ser causados pelos sismos; as incidências nas infraestruturas fundamentais para a mobilidade e transporte de passageiros e mercadorias numa região insular distante; as debilidades do edificado à resistência sísmica; os eventuais impactos nos sectores da energia e telecomunicações; e os problemas provocados em infraestruturas da saúde e constrangimentos colocados às respostas nos cuidados de saúde.
A CDU entende que deve ser elaborado, a curto prazo, um Plano de Acção sobre Riscos Sísmicos na Região Autónoma da Madeira; e que se devem caracterizar os aglomerados populacionais com maior vulnerabilidade dos edifícios e delimitar zonas territoriais mais vulneráveis, considerando a elaboração de cartas de perigosidade sísmica local, à escala de cada cidade ou vila. Por outro lado, devem ser preparadas intervenções específicas para a adequação ou reabilitação de edifícios e equipamentos públicos com importância estratégica para a protecção civil em situações de sismos mais impactantes, e bem assim fixar condições extraordinárias no que respeita ao reforço da segurança e dos valores dos coeficientes de segurança das construções, em particular, para as áreas territoriais de maior vulnerabilidade em situação de abalos sísmicos.

Por outro lado, devem-se considerar campanhas de informação das populações residentes na Região, valorizando medidas preventivas e de preparação, medidas educativas e de formação especial.