O Estepilha pensou utilizar a palavra “vergonha”, mas pensando melhor, que é coisa que faz assim, assim, decidiu-se por “confusão”, até porque já sabe que o presidente da Assembleia da República não gosta que digam vergonha, pelo menos para alguns, quando faz a vergonha de chamar a atenção por isso em pleno plenário. Mas vamos ao que interessa mesmo.
O Estepilha decidiu utilizar confusão que é mais ou menos o que se passa, com alguma regularidade, na Rua dos Ferreiros, mas também em muitas ruas do Funchal, tanto nas operações de carga de descarga, que têm horas definidas mas que nem sempre são respeitadas, como também nos estacionamentos abusivos sobretudo ao fim de semana e feriados, altura em que o Código de Estrada está como que “a dormir”. Está certo, também tem direito a um descanso semanal.
As imagens que aqui reproduzimos, neste apontamento, referem-se a dias diferentes. A do estacionamento em plena Rua dos Ferreiros, na zona compreendida entre a Praça do Município e o Bazar do Povo, foi obtida num sábado à noite. A outra, da carga de descarga, foi obtida hoje, terça-feira. Nas duas, uma enorme confusão que não favorece a ordem que deve existir mesmo quando a carga e descarga é permitida. Vale tudo e o Estepilha começa a pensar naqueles cidadãos, que para se desenrascarem têm o azar de estar cinco minutos mal estacionados e, pimba, lá cai uma multa em cima ou um agente a passar e a dizer, baixinho, está autuado, com a multa a chegar a casa quando a gente já nem se lembra disso. Mas assim está correto, a polícia cumpre e o cidadão paga por estar em infração. Bem feito para o cidadão, desenrasque-se ao fim de semana ou aos feriados.
O Estepilha já viu disto na Rua do Carmo, na Rua Dr. Fernão de Ornelas, que está fechada ao tráfego automóvel mas ao fim de semana tem circulação de carros até em sentido contrário, numa verdadeira surpresa para quem se dá ao trabalho de vir à cidade e parece que já nem conhece as ruas dos dias de trabalho. Um fator surpresa, quem sabe, uma inovação para fugir às rotinas.
É verdade que a tolerância deve estar sempre presente, por parte da autoridades policiaiais, em datas festivas, em momentos de espetáculos, em períodos onde manifestamente o Funchal fica com “lotação esgotada”. A questão prende-se, isso sim, com os abusos que essa tolerância vai criando mesmo em períodos injustificáveis.
Bem, pelo menos fica uma situação resolvida neste Natal e final de ano. Carros em cima da Praça do Município, não vamos ver. A Aldeia Natal resolveu o problema. É para os miúdos mas já colocou sem sentido os graúdos.
Feliz Natal do Estepilha