Partido e Amílcar Gonçalves querem intensificar a intervenção dos TSD/M

Intensificar a intervenção dos TSD/M – Trabalhadores Social-democratas da Madeira, de forma cada vez mais eficaz, junto dos trabalhadores e do mundo do trabalho, para que a Região continue a assegurar o seu desenvolvimento é, no fundo, a grande responsabilidade que, a partir de hoje, Amílcar Gonçalves assume, num Partido, que, conforme destacou o Presidente do PSD/M, Miguel Albuquerque, “não é um Partido do capital mas sim, um Partido que apoia o trabalho e os trabalhadores”.

Declarações proferidas hoje, na Cerimónia de encerramento do Congresso dos TSD/M, que elegeu a sua nova direção, onde Albuquerque fez questão de sublinhar a importância desta estrutura e do papel que, a partir de agora, deve ser desenvolvido a favor do PSD/M, mas, sobretudo, a favor da Região.

“Os TSD são o cerne, a alma do nosso Partido. Somos e continuamos a ser o Partido Matriz e de vanguarda na construção da autonomia mas somos, acima de tudo, um Partido interclassista, onde as classes profissionais, onde o valor do trabalho e os trabalhadores fazem parte do nosso alicerce, da nossa massa politica e, sobretudo, da nossa mobilização e da nossa penetração na sociedade”, disse, na ocasião, o Presidente dos Social-democratas, garantindo que o PSD e os TSD constituem a mesma massa política e são a base que permite perspetivar todas as políticas que, nesta área, se concretizam.

“Ai do PSD se se transformasse num Partido de elites, que não considerasse os trabalhadores e as diferentes classes profissionais como parte integrante da sua identidade e do trabalho que desenvolvemos todos os dias”, reforçou Miguel Albuquerque, alertando para a importância de, a partir de agora, ser reforçado todo o trabalho que foi desenvolvido pelos TSD – trabalho esse que reconheceu, na pessoa de Gilberto Pita e dos órgãos sociais cessantes – adaptando-o aos novos tempos mas sem descurar a sua essência.

Altura em que também fez questão de sublinhar que a melhoria dos salários e da qualidade de vida dos trabalhadores implica uma economia com contas certas e em crescimento. “Sem a economia estar a crescer, não podemos melhorar as condições de vida dos trabalhadores e, nesse enquadramento, vamos continuar a intervir para que, no quadro da concertação, se assegure que o nosso crescimento económico tenha repercussão no rendimento das famílias e nos salários dos trabalhadores”, garantiu, adiantando que, neste momento, serão iniciadas as negociações para o salário mínimo na Região, com a respetiva auscultação aos trabalhadores e às entidades empresariais. “Estou convencido de que vamos chegar a um bom acordo”, disse a este propósito.

União, mobilização e causas

Na sua intervenção, Miguel Albuquerque aludiu às três vitórias eleitorais alcançadas este ano, algo só possível, por um lado, graças à união e mobilização de todos os militantes e, por outro, porque o PSD é um “Partido de causas”. “Sem a união dos nossos militantes, o PSD não consegue prosseguir nenhum dos objetivos a que se propõe e, sem causas, sem valores e sem objetivos, não tem rumo. Por isso mesmo, temos sempre de ter causas, rumo e união, para continuarmos, tal como conseguimos, mais uma vez, ao fim de 43 anos, a ser a força de vanguarda, a força liderante e o governo da nossa terra”, salientou.
Com o olhar no futuro, o Presidente do PSD/M deixou, mais uma vez, a mensagem de que o Partido tem de se abrir à sociedade e, em especial, à juventude, num esforço que implica humildade e boa vontade, inteligência e perceção, deixando clara, todavia, a importância do Partido reforçar as suas bases. “Temos de continuar a apostar na maior abertura do PSD à sociedade, mas, também, a não ter medo, a sermos membros ativos e nunca ter vergonha de sermos militantes do Partido que revolucionou a Madeira, que trouxe a liberdade para os Madeirenses e o progresso e desenvolvimento para a nossa terra”, vincou.
Albuquerque que garantiu agora prosseguir todo este trabalho, na base de um Programa de Governo que, sufragado pelos Madeirenses e Porto-santenses, aponta, no essencial, para aquelas que têm sido as linhas de rumo da governação: crescimento económico, emprego, paz social, diminuição da carga fiscal sobre as famílias, os trabalhadores e as empresas e devolução de mais rendimento para as famílias e cidadãos.
Nota final para o facto de Bazenga Marques e Brazão de Castro terem sido reconhecidos nos discursos deste Congresso, particularmente por Miguel Albuquerque e Amílcar Gonçalves. “Quem não sabe agradecer, quem não tem memória, não tem presente e, sobretudo, não tem futuro”, disse, neste âmbito, o Líder dos Social-democratas.

Críticas à CMF

“O PSD não irá pactuar com a sobrevivência, muito menos orçamental, de uma Câmara que não tem rumo nem estratégia. Quem se coligou com esta força que está a governar a Câmara é que tem de apoiar a vereação e a atual presidência, não o PSD”. Foi desta forma que Miguel Albuquerque deixou clara a posição do seu Partido quanto à votação do Orçamento da Câmara Municipal do Funchal que terá lugar na próxima segunda-feira. Uma Câmara que, conforme disse, “está num estado vegetativo e de estagnação”.
“Temos uma Câmara Municipal que elegeu um Presidente que saiu, que era supostamente governada por uma coligação que se desfez e que neste momento está sem rumo”, reforçou, a este propósito, Albuquerque, sublinhando que “não é só a falta de capacidade de resposta da autarquia que está em causa, é a degradação da cidade que é visível aos olhos de todos e a falta de resposta para as necessidades prementes dos cidadãos, também notória para toda a gente”.
O PSD “não vai pactuar com um Orçamento que é contrário aos nossos princípios. Nós lutamos por uma Câmara cosmopolita, aberta, uma Câmara que aposte no desenvolvimento da cidade e que baixe os impostos e o que se passa, neste momento, é precisamente o contrário”, frisou.

Amílcar Gonçalves promete “garra” e assume compromisso com “responsabilidade”

O recém-eleito Presidente dos TSD/M, Amílcar Gonçalves, garantiu “garra” e muita motivação para este novo desafio, assegurando que irá assumir “esta responsabilidade perante o Partido e perante os militantes, com alma e coração”.
Após os agradecimentos à Comissão Organizadora, à Mesa do Congresso e ao Secretariado e Estrutura do Partido, Amílcar Gonçalves asseverou que a sua equipa, coesa e próxima dos trabalhadores, está preparada e motivada para desempenhar esta função “com todo o respeito e humildade que os nossos trabalhadores Social-democratas merecem”.
“Temos de trabalhar, todos os dias, junto dos nossos colegas e no trabalho para implantar a social-democracia que todos nós temos no coração. A moção que apresentamos é o nosso Caderno de Encargos, as ideias que vamos pôr em prática desde já, de modo a que possamos ter uma ação mais dinâmica, eficaz e ativa junto dos trabalhadores e dos jovens, em particular, a quem temos a obrigação de também apoiar”, disse, na ocasião, adiantando que será convocado, em breve, um Conselho Regional para a revisão dos Estatutos, atualização essa que se espera participada por todos.
Amílcar Gonçalves que fez também questão de enaltecer o trabalho da direção cessante.