Funchal recebe a 3 e 4 do corrente seminário do INTERREG LuMinAves

O Funchal receberá nos dias 3 e 4 do corrente o 3º Workshop do INTERREG LuMinAves, um projecto de conservação dirigido às aves marinhas e cujos parceiros na região são a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza. Aves marinhas, eficiência energética e o papel do voluntariado ambiental serão os temas em debate entre cerca de vinte especialistas da Madeira, Açores e Canárias.

O evento incluirá uma sessão aberta ao público, no dia 3 de Outubro, no auditório da Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, em que serão apresentados os principais resultados do projecto, bem como temáticas relacionadas com a conservação das aves marinhas e a eficiência energética. Esta referida sessão incluirá ainda o reconhecimento dos voluntários e entidades envolvidos ao longo dos dez anos da “Campanha Salve uma Ave Marinha” e uma visita guiada ao centro histórico de Santa Cruz, num roteiro pela eficiência energética do município. Outro momento aberto ao público será a apresentação de um painel informativo no miradouro do Cristo Rei em Santa Cruz, no dia 4 às 18 horas. O painel, que dá a conhecer as aves marinhas da Madeira e os efeitos da poluição luminosa, marca também o décimo aniversário da campanha Salve uma Ave Marinha.

No dia 4 de Outubro, a equipa do projecto, juntamente com representantes dos municípios e de companhias eléctricas da Madeira, Açores e Canárias, contribuirão para definir uma estratégia de mitigação da poluição luminosa para toda a Macaronésia. “Esta estratégia constitui um importante passo não só na minimização desta ameaça que afecta milhares de aves anualmente, mas também no combate às alterações climáticas e promoção da eficiência energética”, refere Cátia Gouveia, coordenadora da SPEA Madeira.

Desde 2017, o projecto INTERREG LuMinAves visa reduzir os efeitos nocivos da luz artificial sobre as populações de aves marinhas da Macaronésia. Ao longo dos últimos três anos, os arquipélagos da Madeira, Açores e Canárias, têm unido esforços para melhorar o conhecimento e reduzir a mortalidade deste que é o grupo animal mais ameaçado do mundo.