PCTP-MRPP defende resgate da Autonomia e não pagamento da dívida pública

O PCTP-MRPP divulgou hoje o “manifesto eleitoral” para as Eleições Regionais da Madeira sob o lema “RESGATE DA AUTONOMIA, REFORÇO DA DEMOCRACIA, CONTRA A EXPLORAÇÃO E A POBREZA!”

Segundo a candidatura encabeçada por Fernanda Calaça, “o povo madeirense e porto-santense vai ser chamado a votar no próximo dia 22 de Setembro de 2019, para uma nova Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, desta vez, praticamente a par das eleições a nível nacional para a Assembleia da República.

Sendo certo que continuámos a sofrer com os desmandos tanto do partido que se manteve aqui no poder, o PSD, como dos partidos do governo no continente, PS/PCP/BE, o que agora importa é saber em quem deve o povo trabalhador da Região eleger para a sua assembleia legislativa, tendo em conta o que foram estes últimos quatro anos do governo do PSD de Albuquerque e aquilo que o PCTP/MRPP defendeu nas últimas eleições de 29 de Março de 2015.

Ora, mesmo sem o flibusteiro Alberto João Jardim, o jardinismo de má memória continuou a imperar na nossa região e o povo da Madeira e do Porto Santo, ao cabo destes quatro anos de governo de Albuquerque, não viu alterada a sua situação de exploração, opressão e pobreza a que tem sido submetido ao longo de décadas, a autonomia da Região continua a estar entregue aos mesmos vigaristas que a haviam usurpado e a democracia, bem como a dignidade dos cidadãos, está longe de ter sido recuperada.

Enquanto o governo mantém uma dívida astronómica de mais de 5 mil milhões de euros, e continua a pagar juros usurários ao agiota Centeno pelo empréstimo de 1,5 mil milhões contraído pela Região,

– O número de desempregados inscritos na Região é superior a 15 mil, isto é, ainda atinge 11% da população activa, mas apenas perto de 4 mil recebem subsídio de desemprego.

– No final do mês de Junho de 2019, perto de 80.000 (32%) madeirenses e porto-santenses encontram-se no limiar de risco de pobreza (a viver com menos de 468,00 € mensais), e mais de 46.000 (18,5 %) passa fome todos os dias.

– Milhares de famílias continuam a não ter um tecto minimamente digno para viver.

– O produto do roubo dos salários e das pensões, de que foram vítimas os trabalhadores e reformados no governo da Tróica e do Dr. Alberto João Jardim, não só nunca lhes foi devolvido, como o pseudo-crescimento económico apregoado pelo PSD foi obtido à custa de uma continuada e intensa exploração de quem trabalha, através de salários de miséria, do aumento de impostos, de ritmos de trabalho infernais, da precariedade e de sujeição a leis de trabalho fascistas impostas pela Tróica dos amigos de Albuquerque e Centeno.

Esta é uma situação que tem de acabar e para isso continuaremos a lutar, esperando contar com o vosso voto para que no parlamento regional uma voz se faça ouvir na denúncia dos corruptos e dos vendilhões dos interesses da Região e por uma política que defenda os explorados e os pobres e também de progresso e desenvolvimento da nossa Região.

E é esse programa que de seguida passamos a apresentar, apoiando-nos no rico legado que o nosso camarada Arnaldo Matos deixou ao povo trabalhador e a todos os democratas da Região da Madeira, onde nasceu, e por quem incansavelmente sempre se bateu.

Leia aqui o “Manifesto de homens e mulheres que ousam lutar, que ousam vencer”.