


A apresentação do Nacional, ontem na Choupana, não teve só festa, futebol, equipamentos, vitória e golos. Também foi dia de troca de “galhardetes” entre o presidente Rui Alves e o secretário regional da Educação. Motivo principal é a política de apoios, que o líder nacionalista contesta e que Jorge Carvalho admite avaliar. Um tema que não é novo, mas voltou a ser alvo de abordagem neste ato de grande visibilidade pública.
Rui Alves lembrou, como refere o site oficial do clube, “a redução nos apoios ao desporto motivadas pelo PAEF”, sublinhando que “com o fim do programa outros setores recuperaram mas o desporto não”, encontrando parte da explicação na falta de espírito corporativista que considera existir na Região ao nível do desporto. Isto porque “Uma instituição faz a política de terra queimada na lógica do único clube”.
Considerando que “a ambição desportiva na Madeira depende do posicionamento do Governo Regional, deixou o desejo de que o executivo perceba que o interesse do desporto é muito mais do que o interesse do único clube da Madeira.”



Jorge Carvalho, o secretário regional da Educação, que tem a tutela do desporto, salientou o papel do Governo Regional no apoio ao desporto profissional, justificando-o por três razões: “Porque tem retorno para a região. Porque os cidadãos da Madeira devem ter a possibilidade de assistir a grandes jogos. E porque é um momento importante para promoção e divulgação da ilha.”
Assim, prometeu que o Governo Regional vai continuar a apoiar desporto profissional, deixando abertura para discutir um novo modelo para o futebol profissional. Até porque entende que “é fundamental que a Região possa ter mais de um Clube na primeira liga. Só assim será rentável.”

Relativamente a outras intervenções, o presidente da Câmara Municipal do Funchal deixou uma palavra especial a Rui Alves, “um homem de grandes lutas”. Salientando que “não conta as vezes que se cai mas sim as que se levanta”, deixou expresso o desejo de que o Nacional a 17 de maio esteja de volta ao lugar que é seu por direito no futebol português”
Em declarações reproduzidas pelo site do Nacional, o treinador Luís Freire mostrou-se satisfeito por estar incluído nesta nova família, deixando um repto aos adeptos: “Precisamos de todos. Dos mais novos aos mais velhos. Passem-nos cada vez mais a vossa energia” pediu o técnico, que prometeu “muito trabalho” para que “no dia 17 maio possamos festejar juntos a subida”.
O “capitão” da equipa Ruben Micael, ao lado do jovem Fernandes assumiu-se “feliz por estar de volta”, ficou a promessa do capitão no “empenho máximo” do grupo na luta pela subida à I liga.