O Fórum Madeira Global, que hoje se reuniu no Savoy Palace, debateu assuntos relacionados com as comunidades madeirenses no mundo, sendo que nas conclusões ficou inscrito solicitar ao Governo Regional e à sociedade madeirense que “não abandonem o processo de revisão da Lei Eleitoral e do Estatuto Político-Administrativo, com vista a possibilitar aos madeirenses emigrados poderem votar para a Assembleia Legislativa da Madeira”. E quer ir mais longe, sublinhando que “nem que para isso seja necessário propor a revisão constitucional. Afinal, as comunidades são o prolongamento da autonomia regional”.
No texto das conclusões, refere-se que “a Assembleia Legislativa Regional representa também as Comunidades Madeirenses. É, todavia, fundamental que a representatividade assente na participação das comunidades no processo de eleição dos seus representantes. Os madeirenses emigrantes têm a legítima aspiração de poder participar na vida política da Região”.
As conclusões apontam uma sugestão relativa à alteração da Lei Eleitoral “de forma a que seja ponderado o aumento do número de deputados eleitos pelos círculos de emigração, seja pelo aumento direto nos dois círculos existentes (Europa e Resto do Mundo), seja pela criação de outro ou outros círculos eleitorais, de forma a dar maior representatividade a um universo eleitoral que já representa 15% do universo eleitoral português”.
O Fórum “solidariza-se com o esforço que o Governo Regional tem emprestado aos mecanismos de apoio à comunidade luso-venezuelana, quer a que se tem instalado na Região, reconhecendo a qualidade e a proatividade das medidas de integração, quer a se encontra nos diferentes países de acolhimento; A maioria dos migrantes provenientes da Venezuela são cidadãos nacionais, pelo que a sua participação política e cívica é enaltecida pelo Fórum, uma vez que reflete a firme vontade desta comunidade em se integrar na sociedade madeirense. São na sua maioria jovens com formação superior e com um grande sentimento de pertença à terra. Referiu-se a título de exemplo a participação de muitos destes jovens em redes de investigadores no mundo”.
Uma saudação a todos os madeirenses e seus descendentes que se têm envolvido na vida das sociedades de acolhimento, através da participação política e cívica, uma vez que esta reflete a plena e adequada integração dos emigrantes nessas comunidades e compromissos por parte do Governo e dos empresários no sentido de facilitar o investimento na Madeira, que resulte na criação de postos de trabalho e fomento económico para a RAM, foram outras das deliberações desta reunião.