Sindicato critica condições da carreira de Vigilante da Natureza

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O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas refere em comunicado que foi hoje aprovada a carreira especial de Vigilante da Natureza, acerca da qual “foram ditas e escritas palavras que não correspondem à verdade”. Para esta estrutura sindical, os Vigilantes e a população foram “enganados pela forma como a Senhora Secretária Regional do Ambiente apresentou a carreira, técnica corrente deste Governo em relação à divulgação desta, apresentando como algo de novo ou de extraordinário”.

“Primeiro, a carreira de Vigilante da Natureza já existia, como carreira “específica” e que agora revista passou a designar-se “especial”, era assim já considerada uma carreira distinta da administração pública, ou seja, criou algo que já estava criado. Segundo, é falso dizer que à remuneração base, acrescerá o suplemento de risco, porque não vai acrescer a algo que já existia e que até não é revisto
há mais de 20 anos. Portanto não está acrescentar nada porque simplesmente os VN já recebem esse suplemento desde o início da sua criação. No suplemento de penosidade, mais um suplemento que os VN usufruem, mas… não é exclusivo dos VN, é um suplemento que é de direito de todo e qualquer funcionário do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza que se desloque às Ilhas Selvagens e Desertas… Todo e qualquer funcionário. Dizer que os VN, depois de regressarem das Ilhas Selvagens e Desertas ganham mais que um técnico superior; primeiro é de um baixo nível incrível, segundo, se um técnico superior se deslocar às Ilhas Selvagens e Desertas, vai também este ganhar e muito, talvez ganhe mais que o Presidente do Governo Regional, porque vai ganhar a penosidade tal como um VN e mais ajudas de custo, que é superior a qualquer VN e o seu vencimento base que é muito superior de qualquer VN; terceiro, era interessante ver os técnicos superiores e a própria Secretária, a fazer uma estadia nas Selvagens de quinze dias no Inverno, não de Verão como chegaram a ir”, refere o comunicado do sindicato, que diz que tal se resume a “passar férias”.

Dormir no chão e na proa do navio, diz o sindicato, não é coisa fácil, nas viagens invernosas para as Selvagens, além de se fazerem rendições por vezes com “péssimas, digamos, até perigosas condições meteorológicas, pondo em risco a sua vida; quarto, usar esse valor que é ganho como muito sacrifício, depois de viagens tormentosas, estar quinze dias (quando não é muito mais) afastados da família, afastados da sociedade, privando muito da sua vida, é de uma falta de sensibilidade e de respeito por estes profissionais”.

Este sindicato conclui dizendo que não deu acordo nenhum a nada, porque, haver acordo era no seu diploma e não em pontos retirados de meras reuniões de onde se compôs actas e que a Secretaria entendeu ser como concordantes. “Ou se acorda o diploma ou não. Não há cá pontos acordados, porque a partir do momento que não se chegou acordo no diploma, não há acordo… ponto final”.