Nove vítimas do acidente já tiveram alta; oito estão internadas na Ortopedia; quatro na UCI, uma nos Cuidados Intermédios Cirúrgicos e seis em observação nas Urgências

 

Foto Luís Rocha

O Serviço de Saúde da RAM actualizou na manhã de hoje as informações relativas aos sinistrados do acidente com o autocarro, que ocorreu no Caniço.

O alerta do Comando Regional de Operações de Socorro foi dado ontem às 18h35, tendo sido activado de imediato o plano de catástrofe do Hospital Dr. Nélio Mendonça, tendo em consideração o número de vítimas no local. A primeira vítima chegou ao Hospital às 19h02. A última, às 19h50. O plano foi desactivado às 21h15. A maior parte das vítimas era de nacionalidade alemã, sendo duas de nacionalidade portuguesa. Supostamente, pelo que se diz, uma guia turística e o condutor do autocarro, embora haja supostamente uma terceira vítima, que terá sido atingida pelo autocarro na sua queda, e que ia a passar no local. Sabe-se que os dois portugueses são um homem e uma mulher, mas o SESARAM não adianta mais, nomeadamente se são madeirenses ou quem são, nem a nacionalidade da pessoa que supostamente foi atropelada pelo autocarro na sua queda, falecendo.

10 dos feridos eram do sexo masculino e 18 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos. Não há registo de crianças.

28 pessoas faleceram no local do acidente. Uma outra veio a falecer, como o FN já ontem deu conta, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital do Funchal.

Hoje, o ponto da situação às nove horas da manhã era de um falecimento, como já se referiu, uma mulher que não resistiu e faleceu no Hospital. Nove vítimas já tiveram alta, oito encontram-se internadas no Serviço de Ortopedia, quatro estão politraumatizadas, com vários tipos de traumatismos (cranianos, torácicos, abdominais, e outros) e internadas na Unidade de Cuidados Intensivos polivalente e uma vítima está na Unidade de Cuidados Intermédios Cirúrgicos. Seis vítimas estão em observação no Serviço de Urgência.

No total, adiantou um médico, cinco doentes foram submetidos a intervenções cirúrgicas, no âmbito das especialidades de Ortopedia e de Cirurgia Geral. Destas cinco, duas eram de nacionalidade portuguesa e três de nacionalidade estrangeira. As pessoas que foram operadas durante o dia de ontem estão conscientes e estáveis.

Durante o dia de hoje está prevista mais uma intervenção cirúrgica programada a uma das vítimas que ontem deu entrada no Hospital.

A administradora do Hospital, Tomásia Alves, voltou a dizer que “ainda estamos numa fase de identificação das vítimas”, pelo que “ainda não nos é possível fazer chegar as informações de que os familiares tanto necessitam. É preciso dar mais algum tempo”.

Medicina Legal reforçada procura autopsiar e identificar as vítimas até sábado

Tomásia Alves disse que era previsto estar presente na conferência de imprensa o responsável pelo Serviço de Medicina Legal, para dar conta do número de corpos que entraram no serviço, mas como não pôde estar presente, pediu que transmitisse que “deram 28 corpos, sendo 17 mulheres e 12 homens”.

O Serviço de Medicina Legal espera que, até sábado, consiga iniciar os processos de identificação e de entrega dos corpos às respectivas famílias.

Tomásia Alves agradeceu a presença e apoio da agência e operador turístico, voltando a agradecer também à comunicação social o tratamento dado ao assunto. “Temos que zelar pela privacidade das pessoas e [respeitar]} o sofrimento daqueles que ainda não conseguem identificar os seus familiares”.

Na madrugada de hoje chegou do continente o previsto reforço à Medicina Legal, constituído por médicos e técnicos, para realização das necessárias autópsias antes da entrega dos corpos às famílias e seu transporte para o estrangeiro. “Até sábado a Medicina Legal conta responder a muitas questões que entretanto serão colocadas”.

Tomásia Alves disse que desde o princípio sempre foi dado adquirido que as autópsias seriam realizadas no Hospital, e não em qualquer outro local.

Não está previsto qualquer transporte de doentes para outros locais de tratamento, pois o Hospital “tem todas as valências” e está “preparado para receber vítimas múltiplas. Só se colocaria essa questão se o Hospital tivesse esgotado a sua capacidade de resposta, o que não ocorreu perante os números das vítimas que ali chegaram.

Todos os dias às 11 horas o SESARAM promete fazer chegar às Redacções um comunicado.