Ministério “descarta” Casa de Função e PSP fica sem instalações na Ponta do Sol

A população da Ponta do Sol teme ficar sem esquadra da PSP e que esteja a ser pensada uma superesquadra na Ribeira Brava, para abranger os dois concelhos.

As instalações da Polícia de Segurança Pública na Ponta do Sol pareciam ter solução à vista com o espaço encontrado pelo Ministério da Administração Interna para, futuramente, colocar em funcionamento os serviços, em consequência da degradação do edifício onde, durante anos, aquele corpo policial desempenhou o sue trabalho, sem quaisquer condições.

Só que, agora, a presidente da Câmara Municipal, Célia Pessegueiro, deu a conhecer ontem, na reunião camarária, que, afinal, na sequência de vários estudos, o espaço anteriormente apontado, a Casa de Função, que antigamente servia de residência de magistrados, juízes e procuradores, não reúne as condições, em termos de área, para comportar os serviços da PSP, lançando assim novas dúvidas sobre o futuro da polícia naquele concelho.

Sara Madalena, vereadora do CDS/PP, questionou Célia Pessegueiro e mostra-se preocupada por mais este impasse na decisão do Governo da República, considerando que essa sua apreensão é extensiva à população, na generalidade, que num quadro de novas indefinições, omeça, também ela, a interrogar-se sobre o que estará a ser desenhado, nesta matéria, para a Ponta do Sol.

A vereadora expressa o sentir dos residentes na Ponta do Sol, que voltam, agora, “a questionar se não haverá, neste cenário, a possibilidade de recuperar a ideia da superesquadra, fixada na Ribeira Brava, com responsabilidades de garantir a segurança dos dois concelhos, o que, na prática, se traduz “num retrocesso”. Teme que isso possa estar a ser pensado e não ficou esclarecida, de todo, com as próprias explicações de Célia Pessegueiro sobre o assunto.

“Todos viam que aquele espaço da Casa de Função, pela própria dimensão, mas também pela inexistência de estacionamentos e dificuldades de acessos, não tinha condições para instalar a esquadra da Polícia. Era visível e esta conclusão não me surpreende. Mas a Ponta do Sol tem soluções, que poderiam ser avançadas, como por exemplo um terreno junto à Rotunda, com espaço de estacionamentos já construídos. Era mais fácil”.