Nós, Cidadãos! critica obras por começar e outras por acabar nos Centros de Saúde

O partido “Nós, Cidadãos!” veio criticar, num comunicado, as muitas obras que considera estarem ainda por começa, e outras por acabar, nos centros de saúde da RAM. Recordando que recentemente o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, em visita às obras de remodelação e requalificação de um Centro de Saúde, onde muitos utentes ainda não gozam de médico de família, disse que na Região existem outros seis Centros de Saúde que estão em fase de execução de ‘obras de melhoramentos’.

Esta força política aponta ainda que Albuquerque referiu também que relativamente às obras de requalificação do Centro de Saúde da
Calheta, estas estão “em vias de adjudicação” para a empreitada prevista ser executada em 10 meses, e confessou que a reclamação de um dos concorrentes tem o “inconveniente que é o de atrasar a obra”.

O “Nós, Cidadãos!” vem lembrar ao presidente do GR que estas obras já foram várias vezes anunciadas publicamente e que, em
Maio de 2018, foi garantido pelo actual executivo regional que as obras de ampliação e requalificação do Centro de Saúde da Calheta começavam em Julho de 2018 e deveriam ficar concluídas em Maio de 2019.

Foi também afiançado que a obra iria custar 2,8 milhões de euros, que contemplava a ampliação (689,64 m2) e requalificação do imóvel, e que o Governo Regional, inclusive, já tinha assinado um protocolo de cooperação com a Misericórdia da Calheta, proprietária do prédio, onde fica garantido o financiamento da obra e o seu acompanhamento técnico. “Tudo promessas, compromissos e garantias de um Governo Regional cada vez mais enfraquecido e que ainda não foram cumpridas”, acusa o partido.

No presente, apontam, a Região está a ser afectada, de acordo com o boletim epidemiológico, e também segundo as próprias palavras do secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, por um crescente número de casos de gripe.

O “NÓS, Cidadãos! questiona o Governo Regional sobre as reais condições em que estão a ser prestados, pelos profissionais de saúde, os cuidados médicos e de enfermagem aos cidadãos da RAM, em particular nos Centros de Saúde com obras de requalificação”.

O partido recorda que “foi a 28 de Fevereiro de 2014 (há mais de 4 anos e 10 meses), que o SESARAM celebrou com a empresa “Tecnovia” um contrato de empreitada de obras públicas que visava a recuperação e remodelação do edifício do Centro de Saúde do Bom Jesus, com um custo para o contribuinte de quatro milhões, oitocentos e oitenta mil euros, ao qual acrescia ainda o montante devido a título de Imposto sobre o Valor Acrescentado, à taxa legal em vigor, obras para executar num prazo de 900 dias (2 anos, 5 meses e 17 dias), valor posteriormente renegociado e do qual resultou uma poupança de qualquer coisa como 21.675,05€, mas que não imprimiu grande celeridade à conclusão das obras em questão. Hoje, passados que estão quase 5 anos da assinatura do contrato de empreitada de obras públicas (…), os cidadãos utentes do Serviço Regional de Saúde do concelho do Funchal, aqueles que se servem do Centro de Saúde do Bom Jesus, continuam resignada e pacientemente à espera que estas terminem, assim como todos os profissionais que ali trabalham”.