Famílias madeirenses acusam: passagens para voo dos estudantes já estavam esgotadas desde a semana passada… apesar do prazo para as adquirir só começar hoje

Vários pais e outros familiares de alunos universitários madeirenses que se encontram a estudar no continente estão irritados e desconcertados com algo que consideram muito estranho. Os seus familiares alunos de instituições universitárias no continente foram avisados, via SMS, pelas entidades governamentais madeirenses já há cerca de uma semana e meia, de que poderiam adquirir, a partir de hoje, dia 5, as passagens para o tão propalado voo da Páscoa, que generosamente o Governo Regional colocava à disposição de quem se encontra a estudar no continente, para vir passar esta quadra com a família.

Porém, ao chegarem, logo de manhã cedo, às agências de viagens, depararam com uma situação curiosa e que reputam mesmo de “caricata”: os lugares disponíveis já se encontravam esgotados. E, conforme acabaram por descobrir junto de certas agências, estavam esgotados já desde a semana passada.

Como é fácil de compreender, estes familiares dos alunos não compreendem esta situação e disso mesmo deram conhecimento ao Funchal Notícias.

Um deles, que não se quis identificar, refere “a anedota do voo da Pascoa para os estudantes”, criticando “a mentira do Governo Regional, a incapacidade de resolver o problema”, e acusando mesmo o GR de, quando estava a enviar o SMS aos estudantes, “saber que já não havia vagas”.

Por seu turno, Paulo Sá, pai de uma jovem aluna, disse-nos estar “revoltado” e ter sido informado pela sua agência de viagens de que os lugares para este voo “estavam já todos vendidos desde a semana passada”.

“Se era para adquirir as passagens a partir do dia 5, como é que as mesmas já podiam estar esgotadas hoje de manhã?” Informado de que Pedro Calado admitiu negociar um segundo voo, sem ser com a TAP, este pai disse-nos: “Se ela não conseguir lugar nesse voo, não vou poder pagar para ela vir cá na Páscoa”. Tudo devido aos altos preços que se inflacionam nestas alturas especiais do ano e que colocam muitos condicionalismos às famílias madeirenses para adiantar as verbas necessárias.

Paulo Sá diz ter sido informado de que havia um número limitado de lugares para serem vendidos pelas agências, mas de que não valia a pena procurar mesmo outras, porque em todo o lado era igual: já estavam esgotados.

A situação deixa-o num estado de aborrecimento e descontentamento enormes, que são partilhados por outras pessoas que não conseguem compreender esta estranha ocorrência.

Também Ana Martins, irmã de um jovem estudante no continente, tentou logo de manhã cedo adquirir uma passagem para o irmão, constatando a mesma circunstância: já não era possível. Percorreu cinco agências, e nada. Só numa delas acabou por ser informada de que já não havia lugares disponíveis desde a semana passada.

A familiar não consegue entender como isto é possível. “É demasiado estranho”, indigna-se. “Isto é caricato. Coisas destas não deviam acontecer, mas infelizmente acontecem”, lamentou.

Agora, concluiu em declarações ao FN, o irmão provavelmente ficará privado de passar a Páscoa com a família, porque as passagens “estão muito caras para vir cá na Páscoa”. Mais uma vez, o problema do adiantamento do dinheiro até receber o subsídio de mobilidade, já sobejamente conhecido.