Grupo Segurador explica denúncia de contratos de seguros de vida dos clientes do Santander, diz que eram “temporários com duração anual” e afirma ter soluções “competitivas”

açoreana
Os seguros de vida feitos com a Açoreana, adquirida pela Tranquilidade, foram denunciados e o gabinete de comunicação do grupo segurador que saíu dessa fusão explica que, desde início , “eram temporários”.

Os clientes do Santander que viram denunciados os seus seguros de vida associados ao crédito à habitação, contratualizados no tempo do Banif e à então seguradora Açoreana, entretanto adquirida pela Tranquilidade, estão a tentar resolver o seu futuro através de novas soluções, apresentadas tanto pelo Banco como pelo grupo segurador agora denominado Seguradoras Unidas, além da existência de casos em que há procura de contratos noutras seguradoras. Enquanto não há novo contrato assinado, os créditos estão sem cobertura.

O grupo Seguradoras Vida, resultante da fusão Tranquilidade/Açoreana mostra-se aberto em dar resposta às solicitações e numa declaração ao Funchal Notícias, os responsáveis revelam que o assunto tem a ver com a denúncia “de apólices de Vida Grupo Taxa Fixa (ex-BANIF)”, esclarecendo que as mesmas apólices “correspondem a um contrato de seguro de Vida Grupo ligado ao crédito à habitação, em que são parte a Seguradoras Unidas, em virtude da aquisição da Açoreana Seguros, e o Banco Santander Totta, que sucedeu ao BANIF, na qualidade de Tomador do Seguro”.

Diz a mesma declaração que “o contrato de seguro de Vida Grupo em causa, desde o seu início, tem a natureza de seguro temporário, com duração anual, podendo renovar-se no final de cada uma das anuidades”, explicando, também, que “a resolução do BANIF, com a atividade bancária e seguradora a serem adquiridas por grupos distintos, e a evolução das condições de mercado, impossibilitaram a renovação deste contrato”.

Explica o grupo segurador que “não tendo sido possível ajustar às condições do mercado, comunicámos ao tomador a intenção de não renovação, respeitando os prazos legalmente previstos. Embora não tendo de o fazer (essa obrigação cabe ao Tomador), a Seguradoras Unidas tomou a iniciativa de comunicar esta situação a todos os aderentes do seguro, disponibilizando-se a encontrar, para todos os segurados, a melhor solução para as suas necessidades”.

Em resposta a questões enviadas pelo FN, o Grupo esclarece que “em grande parte das situações foi possível desenvolver soluções que melhoraram as condições anteriormente existentes” e mostra-se aberto às negociações com os clientes, relativamente a produtos, sublinhando possuir “uma oferta muito competitiva em seguros de Vida Risco ligados a créditos à habitação e que é de todo o nosso interesse apresentarmos as nossas condições a todos os clientes, pelo que convidamos todos os interessados em entrarem em contacto com os nossos canais comerciais. Estamos confiantes que continuaremos a contar com a sua confiança”.

Relativamente ao facto de alguns clientes da Madeira apenas terem recebido cartas do Banco Santander e não do Grupo segurador, como aconteceu no Continente, o texto refere que a política de enviar cartas aos clientes “abrangidos por esta apólice” foi a mesma para todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores,