Carlos Pereira critica opções do Governo Regional pelas PPPs e alerta que mais uma para o novo hospital seria novamente ruinosa

O líder do PS-Madeira, Carlos Pereira, realizou ontem uma conferência de imprensa para contestar o favorecimento que o Governo Regional tem vindo a fazer às empresas privadas, no que diz respeito às Parcerias Público Privadas (PPPs), em seu entender.

Além disso, levantou a questão da hipótese da criação de uma Parceria Público Privada para o novo hospital, o que, afirmou, revela que o Governo Regional andou a mentir aos madeirenses sobre esta matéria. O dirigente socialista salienta que não estão garantidos os terrenos, nem o projecto de arquitectura, como também o projecto de construção, mas sim a possibilidade de uma Parceria Pública Privada que será, avisa, mais um negócio ruinoso para a Região.

Carlos Pereira aconselha Miguel Albuquerque analisar bem estas questões e a “não fazer chicana política” para obter vantagem partidária, quando estão em causa projectos de interesse comum.

O dirigente comentou também a questão da Via Litoral e da Via Expresso, que, afirmou, já custaram 1500 milhões aos contribuintes. Mas ainda vai custar  900 milhões até 2029, por causa dos contratos “que o PSD assinou”. Contratos “ruinosos”. O único caminho que existe, assegurou, é a renegociação desses contratos. A renegociação que o Governo Regional fez, disse, foi uma fraude. A redução de 15% obtida foi resultado de uma redução dos serviços de manutenção em 25%. Foi “um favor às empresas privadas” e não um benefício para os contribuintes da Madeira. Há que fazer uma renegociação para reduzir 20%, mas o PS não sabe se neste momento, Pedro Calado tem condições para fazer essa renegociação, porque a mesma “será feita com o ex-patrão do vice-presidente do Governo”.