Neste sábado, políticos, jornalistas, desportistas, médicos, professores, reeformados e outros representantes de organizações marcaram presença na cidade do Funchal ao serviço da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Todos, os verdadeiros voluntários, compareceram à chamada do Núcleo Regional da LPCC que quis fazer uma operação de charme com figuras públicas para, através do seu peditório, incentivar a população a praticar, com atos e verdade, o voluntariado e a lembrar que o drama do cancro é um problema transversal à sociedade e que exige prevenção e ajuda efetiva. Os nomes pouco contam, mas o público gostou de encontrar nas ruas com o colete e a caixa da Liga Rubina Leal, José Manuel Rodrigues, Manuel António, Roberto Almada, Violante e Danilo Matos, Conceição Pereira, Belarmino Rodrigues, Juvenal Xavier, Jorge Freitas Sousa, Marta Caires, Tânia Spínola, Filipe Gonçalves, Luís Rocha, Rui Marote e tantos outros voluntários que dedicaram a manhã deste sábado a mostrar que vale a pena ajudar a Liga Contra o Cancro, em nome dos doentes.
A ideia partiu do grupo “Os Amigos do Milho” que a sugeriram à LPCC. Ricardo Sousa e Jacinto Gouveia, bem como os demais elementos do Núcleo Regional fizeram os contactos e eis que, neste sábado de manhã, todos marcaram presença ao serviço de uma causa nobre: fazer o peditório para angariar fundos para os doentes cancerosos.
A cidade recebeu os voluntários, no fundo rostos bem conhecidos da população, debaixo de um sol, após dois dias consecutivos de peditório. Do outro lado, o da população, a resposta muito generosa da solidariedade a cooperar com uma causa cada vez mais urgente e necessária. Também houve quem virasse a cara à colaboração, mas o agradecimento da Liga também vai para esses. Que sabemos das histórias e vivências de cada cidadão? Não menos curiosa a resposta de muitos estrangeiros que ocupavam as aprazíveis esplanadas da cidade: uns colaboravam mas a maioria era “não, obrigada”, com o argumento de que já dão para esse peditório nos países de origem.
O FN, que também deu o seu modesto contributo ao peditório, escutou os comentários de anónimos passantes que aproveitaram a oportunidade para desabafarem situações pessoais dramáticas, de tal modo que já duvidam mesmo da bonomia divina; outros a lamentarem o facto de, quando necessitados de ajuda, não a tiveram; e ainda outros cansados de serem sempre solicitados a colaborar ao longo de três dias consecutivos. Todos eles com argumentos compreensíveis, a precisarem do desabafo e do agradecimento dos voluntários.
O FN recorda que a LPCC vive exclusivamente destes peditórios e está sempre a solicitar mais e mais voluntários. Na verdade, antes eram as donas de casa que alinhavam sempre neste trabalho, mas os tempos mudaram. Cada vez mais será necessário pedir a colaboração de todos porque urge fomentar as campanhas de prevenção da doença e de ajuda a quem efetivamente combate o problema.
Aqueles que estavam inscritos e que não puderam hoje comparecer, por motivos de força maior, poderão fazê-lo em próximos peditórios que serão dinamizados pelo Núcleo Regional da LPCC. Uma causa que vale a pena ajudar.