Candidato do CDS a Câmara de Lobos tece acusações à Águas e Resíduos da Madeira e à autarquia

O candidato do CDS-PP à autarquia de Câmara de Lobos, João Paulo Santos, visitou o concelho, onde denunciou o “acordo ruinoso” para as populações de Câmara de Lobos, celebrado entre a autarquia e a empresa de Águas e Resíduos da Madeira, SA, que, de acordo com dados que obteve, tem reduzido a qualidade dos serviços prestados sem que a factura apresentada aos munícipes tenha uma redução correspondente dos custos.

O candidato colocou-se diante de um EcoPonto do concelho onde há lixo e detritos acumulados há mais de um mês, para dar um exemplo concreto da redução do número de recolhas de lixo, que tem contribuído de forma decisiva para piorar a qualidade ambiental no concelho.

O candidato fez-se acompanhar nesta visita de autarcas e dirigentes do CDS-PP local.

“Quando se ajusta um negócio ou prestação de serviços, calculamos sempre as perdas e benefícios e para ser um bom negócio, ambas as partes  devem obter benefícios. A adesão à sociedade ARM, foi um bom acordo para a Câmara Municipal porque saldou dividas a fornecedores e desresponsabiliza-se de vários serviços, embora e de acordo com a Lei 75/2013, a responsabilidade do saneamento básico é das Câmaras Municipais. A ARM viu em Câmara de lobos um bom parceiro. Uma carteira com cerca de 12.000 clientes, e que multiplicando por 25€ mensais lhe daria cerca de 3,6 milhões de euros anuais”, referiu João Paulo Santos.

“Esqueceram da parte mais importante, que são as famílias e as empresas que pagam todos os meses a prestação do serviço. O preço da água aumentou para as famílias, mas exageradamente para as empresas. Não se pode aceitar que uma sapataria pague 40 euros por 1 ou dois metros cúbicos de água. A frequência de recolha semanal passou de 3 e 4, para  duas vezes por semana na maioria dos casos. E o resultado é o que se vê”, denunciou.

O candidato sublinhou que houve um desinvestimento na canalização dos esgotos um pouco por todo o Concelho, e o resultado é o despejo para a via pública dos dejectos das residências que muitas vezes é feito de forma envergonhada na calada da noite, e quase sempre encoberto  pela água de rega.