Crónica Urbana: Mercado dos Lavradores “já era”…

Rui Marote

Não há dúvidas de que o Mercado dos Lavradores já não é o que era. A Câmara Municipal do Funchal põe a concurso os espaços (barracas) no interior do mercado. Chegam a haver disputas litigiosas para obtenção desses espaços, e os comerciantes perdem a cabeça e oferecem rendas “milionárias”.

Resultado: numa recente visita ao Mercado, um ponto central da cidade e motor de atractividade turística, o andar de cima tinha cerca de dez lojas cujos arrendatários devolveram as chaves à edilidade.
O movimento é muito reduzido aos dias de semana- Só à sexta -feira o Mercado apresenta outro visual.


Os turistas entram, na sua maioria, para contemplar as flores e visitar a praça do peixe – quando há peixe. As lojas ao redor são de artesanato não regional na maioria de fabrico chinês, ou lojas de vinho.
Voltando às rendas, conforme o que nos garantiram, há quem pague seis mil euros mensais para vender frutas cristalizadas. Uma loucura, para mais tarde ou mais cedo entregar a chave à autarquia.


A Câmara terá de rever no futuro estes contratos e não embarcar na fantasia da roda dos milhões. Recebe um, dois e três meses, e depois fica com a criança nos braços. Não venham com a conversa da oferta e da procura…