Carlos Pereira diz que acordo dos ‘swaps’ implica pagamento de juros de 35 e perdas de 100 milhões

Carlos Pereira diz que há uma carta do secretário de Estado ao secretário regional das Finanças sobre os apoios para os prejuízos dos incêndios.
Carlos Pereira diz que há uma carta do secretário de Estado ao secretário regional das Finanças sobre os apoios para os prejuízos dos incêndios.

O líder regional do PS-M, Carlos Pereira considera que o acordo anunciado pelo Governo Regional com o Santander Totta não é assim tão benéfico para a Madeira como o Executivo regional quer fazer crer.

“O governo regional, através do Secretário ‘dono daquilo tudo’ anunciou um acordo com o banco Santander para os processos dos ‘swaps’ que teve o patrocínio e o acordo do dito secretário nos tempos em que estoirou as contas públicas da Madeira. Ora, é inadmissível observar o anúncio de um acordo, para a Madeira pagar mais 35 milhões de juros e a ratificação das perdas aproximadas de 100 milhões de euros, como se de uma grande conquista se tratasse. Não brinquem com o povo. Quem devia ser processado era o tal Secretário que voltou a dar um calote aos madeirenses, outra vez com luvas brancas…Outra vez com honras de sentido patriótico! Parece que desta vez cai quem quer…”, revela nas suas notas do dia.

Aliás, em matéria de contas públicas, Carlos Pereira revela que a situação da Região não é famosa.

“Oiço com frequência que a Madeira está agora melhor que a república em termos de contas públicas. Estes comentários são o resultado de um oportunismo habitual do governo regional e de uma ignorância insuportável de outros. Não é sequer racional comparar a realidade das contas de uma região como a Madeira com as contas do país . Desde logo a capacidade do país gerar receitas não tem comparação já para não lembrar a dependência de fundos externos que tornam a Madeira num caso clássico de insustentabilidade, agravada pelo desnorte financeiro do PSD-M”, revela.

“Mas se querem comparar alguma coisa, com algum racional, observem a dívida dos Açores e comparem com a da Madeira . Enquanto nos Acores a dívida vale 25% do PIB na Madeira vale mais de 100%. Espero que haja decoro daqui para a frente”, sugere.