Saudades da minha alegre casinha…

manuel antonio

Rui Marote

Uma nova moda ‘explodiu’ um pouco por todo o lado na Madeira: ir às Missas do Parto. Muitos dos que as frequentam, ao longo do ano nem põem os pés na igreja. Já diz a Bíblia, muitos são os chamados mas poucos os escolhidos… Há missas para todos os gostos. A Missa do Parto da Junta de Freguesia X, da Secretaria Y, da Escola Z… Todos estes actos litúrgicos terminam sempre com os verbos comer e beber conjugados em todos os tempos.

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Ora, sem querermos condenar a boa disposição das pessoas e a sua adesão a estas iniciativas com um lado simultaneamente sagrado e outro profano, não deixamos de lembrar o que está escrito no evangelho de Mateus: “Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas,e lhes disse: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões'”.

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O Estepilha, nas suas rusgas matinais, assistiu à saída da Missa do Parto na Sé e registou as imagens do staff da ex-Secretaria da Agricultura e Pescas de Manuel António, com os seus fiéis acólitos, convivendo no seu percurso do deserto. Foi comovente. Até nos lembrou aquela não menos tradicional canção ‘Que saudades que eu já tinha da minha alegre casinha…”