A deputada Raquel Coelho referiu que “embora a construção do novo hospital na Madeira gere consenso entre todos os partidos da RAM, a verdade é que na prática os madeirenses e portosantenses não irão ter um novo hospital tão cedo”.

No âmbito do Orçamento de Estado 2017, foi aprovada uma proposta por parte do PS,  na qual a República compromete-se a pagar 50% da construção do novo hospital, mas Raquel Coelho, diz que o que parecia uma “excelente notícia” depressa se tornou uma desilusão. Comparou mesmo a proposta do PS “àqueles contratos das seguradoras em que temos de ler as letras pequenas para vermos se não estamos a ser enganados”.

Não foi inscrita qualquer verba no OE 2017, para o novo hospital e a proposta coloca de fora o apoio aos equipamentos, ao projecto em si e às expropriações, denunciou o PTP. Ou seja, a Região, para ter acesso aos supostos 170 milhões de euros, teria de suportar os custos iniciais.

Raquel Coelho, acusa o PS e o BE de “má fé” relativamente a esta matéria, pois só aprovaram a proposta sabendo de antemão que o Governo Regional não dispõe de meios para garantir o financiamento do novo hospital até ao lançamento do concurso público, asseverou.

O Partido Trabalhista também realçou que se o PSD assim o entendesse, poderia trocar as voltas ao Governo da República, “cortando nas gorduras do Orçamento Regional” e disponibilizando assim, meios financeiros da Região para garantir a primeira fase do novo hospital. Mas como as prioridades são outras, a proposta do PS até “calha bem”.

“Isto, ao fim ao cabo agrada a gregos e a troianos, porque livra a face a todos os intervenientes com o poder de executar a construção do novo Hospital. Colocam as culpas uns nos outros e assim tentam passar incólumes aos olhos da opinião pública” finalizou Raquel Coelho.