Ponta do Sol acolhe Teatro Fórum “Entre’Ajude “

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A Ponta do Sol é o palco escolhido, uma vez mais, para a apresentação de um Teatro Fórum, forma de expressão mais conhecida e mais espectacular do método teatral criado por Augusto Boal, homem de teatro brasileiro de origem madeirense, o Teatro do Oprimido. Esse método é desenvolvido e aperfeiçoado pelo Théâtre de l’Opprimé de Paris sob a direcção do seu director Rui Frati.

No âmbito da continuação do programa europeu “Isolat –  Pour rompre les frontières” a Travessias Culturais criou uma equipa de teatro in fórum em parceria e sob a direcção do Théâtre de l’Opprimé de Paris.
No quadro do programa europeu Isolat, os estagiários seguiram uma formação na Ponta do Sol, na Itália e na Roménia.  Criaram TFs na Ponta do Sol e seguiram os Tfs em directo dos parceiros do programa. No fim do programa Isolat, seguiram em Paris dois estágios de aperfeiçoamento no Théâtre de l’Opprimé. De volta à Madeira, seguiram um estágio de 5 semanas na Ponta do Sol.

Nesta sequência amanhã, 27 de Novembro,  a equipa apresenta à comunidade, o primeiro Teatro Forum Entre’Ajude  trabalho que tem vindo a desenvolver desde Setembro.  Pelas 17h30 no Centro Cultural John dos Passos serão debatidos dois temas bastante actuais na sociedade, como são a gravidez e a violência no namoro. A entrada é livre.

A coordenação da sessão é da responsabilidade de Samantha Leça e conta com a participação de Gorete Fernandes, Mónica Carvalho, Daniel Pinheiro, Rúben Gomes, Ana Figueira, Francisco Faria, Gracinda Jesus e Miguel Figueiroa, como atores e com a presença de Rui Frati, director do Théâtre de l’Opprimé.

A salientar que num primeiro momento os actores apresentam cenas curtas que apresentam situações conflituais. Essas cenas, concebidas a partir de um verdadeiro trabalho de pesquisa e de criação dramatúrgica devem traduzir, da maneira mais fiel possível, situações que possam provocar a vontade de acção do público.
Em seguida, elas serão representadas, tantas vezes quanto necessário, para que qualquer pessoa que esteja interessada possa intervir, substituindo ou criando um novo personagem, tentando assim diferentes possibilidades de frustrar os conflitos originais.

O objectivo é de imaginar colectivamente as alternativas às fatalidades da vida num espaço bem definido, a cena teatral, e protegidos pelo carácter do personagem.