PSD desmente e esclarece notícias do DN-Madeira sobre passagens aéreas e avião cargueiro

 

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O PSD-Madeira emitiu hoje um comunicado assinado pelo seu secretário-geral, Rui Abreu, relativo às questões do subsídio de mobilidade e do avião cargueiro. O comunicado visa “duas peças jornalísticas publicadas na edição de hoje do Diário de Notícias sob os títulos “Vir a casa no Natal pode chegar aos 560 euros” (página 6) e “Lisboa diz não ter nada a ver com avião cargueiro” (página 7)”. O PSD vem, pois, insurgir-se contra “a tentativa em escamotear aquilo que é uma  realidade inequívoca: o novo subsídio de mobilidade colocou as passagens aéreas a 65€ para os estudantes (nos Açores a 99€) e a 86€ para os residentes (nos Açores a 134€), para um tecto máximo reembolsável de 400€”.

No entender dos social-democratas, o título correcto da notícia “deveria ser “Vir a casa no Natal [a 23 de Dezembro com regresso a 1 de Janeiro, precisamente os dias de maior procura nesta época para a Madeira] pode custar entre 225€ (estudante) e 246€ (residente)”.
O actual subsídio de mobilidade, apesar das suas imperfeições e da nossa luta permanente pela sua revisão (que nos tem sido negada), é muito melhor do que o modelo anterior, mesmo com a demagogia rasteira feita com a notícia”, queixa-se o PSD.
“Antes do actual modelo, as passagens aéreas, em iguais condições, custavam entre 400 e 600 euros para um reembolso final de 60€, coisa persistentemente ignorada por quem faz “pesquisas” à medida.
Parece-nos óbvio quem ficou a ganhar. Porque de outra forma, o Inspector-Geral de Finanças num audição parlamentar sobre o subsídio de mobilidade (curiosamente, realizada ontem e alvo de uma notícia na mesma página do DN), não reconheceria que o actual subsídio aumentou o número de viagens feitas pelos estudantes e pelos residentes na Região”, refere Rui Abreu.
Já quanto à notícia sobre o avião cargueiro, o PSD-M vem dizer que “é lamentável que o Governo da República mantenha como registo tratar uma Região Autónoma como filha (Açores) e outra como enteada (Madeira). Só isso parece justificar os dois pesos e as duas medidas que o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas revelou ontem no debate na especialidade sobre o OE 2017 ao abordar a questão do avião cargueiro”.

Para o PSD-M, “esta posição do Ministro revela falta de planeamento nacional, dualidade de critérios no tratamento entre as Regiões Autónomas e alienação dos compromissos assumidos pela República para com a Madeira. Não queremos pensar que isto seja consequência dos Açores serem governados por socialistas e a Madeira por sociais-democratas”, referem.

O PSD/Madeira estranha, por isso, “a ignorância que este governante demonstra face a um processo que foi desencadeado junto da República e no qual se defende uma solução conjunta (Madeira e Açores) para o transporte aéreo de mercadorias.
Estranha também que este Ministro não tenha qualquer informação sobre as três reuniões realizadas entre os Governos da República e da Região Autónoma da Madeira sobre esta mesma matéria.
Estranha finalmente que o Ministro do Planeamento e das Infra-estruturas queira pôr em causa o trabalho de mais de um ano entre os Governos da República e Regional.
O Primeiro-Ministro, António Costa, disse nos Açores, a 23 de Setembro deste ano, que “reforçar a autonomia é reforçar a coesão de Portugal” e que “é por isso que é absolutamente essencial trabalharmos em conjunto no sentido de verdadeiro espírito e solidariedade e unidade nacional” salienta Rui Abreu.
“Pena que o Ministro olímpicamente ignore directrizes políticas, fazendo letra morta destas declarações”, conclui.