Perspetivas apontam que este ano será o melhor de sempre do grupo Pestana

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Pestana marca

José Roquette perspetiva “enorme contributo” dos hotéis em Portugal para o melhor ano de sempre do grupo Pestana.

“Portugal vai dar um enorme contributo para aquele que vai ser o melhor ano de sempre do grupo Pestana”, afirmou ontem José Roquette, chief development officer do Pestana Hotel Group, frisando que em 2016 a rede deverá alcançar um EBITDAR de 115 milhões de euros.

O grupo Pestana “sofreu com a crise e 2012 foi um ano difícil, um ano em que houve muita coisa negativa que aconteceu, do lado da receita e do lado dos custos”, começou por dizer José Roquette, ontem, em conferência de imprensa em Lisboa, citado pela Presstur.

Mas os tempos mudaram e para este ano a previsão do grupo Pestana é que o EBITDAR (resultados antes de juros, impostos, amortizações, provisões e rendas) alcance os 115 milhões de euros, mais 15 milhões que em 2015 e mais 22 milhões que em 2014.

José Roquette apresentou também um rácio dos resultados sobre as vendas, ou a percentagem das receitas convertida em lucro, destacando uma subida de 12 pontos percentuais entre 2012 e este ano, segundo a mesma fonte.

“Este ano vamos celebrar provavelmente o nosso melhor ano de sempre e as perspectivas para o futuro com novos projectos em carteira muito significativos são ainda melhores”, sublinhou em seguida José Roquette.

Para esses resultados “Portugal continua a ser uma base fundamental”, disse o executivo, frisando que “cada cem quartos que nós abrimos em Portugal têm um aport de rentabilidade normalmente bastante superior, porque os ganhos de escala que nós temos aqui são muito significativos”.

Com a abertura de hotéis em novos mercados “vamos aprendendo como é que é tão mais difícil converter receita em resultado quando estamos longe da nossa base”, acrescentou o executivo, indicando que Portugal representa 60% da receita do grupo hoteleiro.

Em 2015, os hotéis em Portugal Continental e Açores representaram 37% das receitas do grupo e a Madeira, 23%, enquanto os hotéis na América Latina representaram 22% das receitas do grupo, as outras unidade na Europa representaram 9%, em África, 7%, e na América do Norte, 2%.

Relativamente a receitas por quarto disponível (RevPAR), José Roquette frisou que “o RevPAR em Portugal em relação ao ano passado vai crescer certamente acima dos 5%, pelo menos”.

“Depois há outros países que estão a sofrer mais”, continuou o responsável, indicando “o caso do Brasil, que é paradigmático, porque não está num bom momento, mas vai ter um ano muito especial em função das Olimpíadas”.

O Pestana Hotel Group tem 87 hotéis em 15 países, totalizando 10.633 quartos em 2015, e apresenta-se como o maior grupo hoteleiro em Portugal, 10º a nível ibérico e 31º a nível europeu, com ambição de chegar a 25º, segundo José Roquette. A nível mundial situa-se em 125º maior grupo hoteleiro.

A rede começou há 43 anos com um hotel no Funchal, que começou por ser propriedade do grupo Pestana e gerido pela marca Sheraton.

A oferta do grupo Pestana em número de quartos aumentou todos os anos. Depois de chegar aos 10.409 quartos em 2014 e aos 10.633 quartos em 2015, o objectivo do grupo para o período 2016 a 2019 é somar mais de 13.500 quartos.