Caudal de polémica transborda na Ponte Nova

ponte2 A demolição da Ponte Nova continua a dar brado. A obra é do Governo, mas os munícipes estão descontentes e a Câmara Municipal do Funchal dá-lhes voz.

O eng.º Danilo Matos chegou-se à frente para dar nota da insatisfação pela iminente demolição da Ponte Nova. Uma iniciativa de cidadania ativa que tem sido apoiada por outros cidadãos, na perspetiva de preservar a memória histórica do espaço.

Veio também à liça o presidente da Câmara Municipal do Funchal criticar o Governo Regional, através da Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus (que tutela a empreitada) por não se ter dignado ouvir a autarquia.

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Fotos FN.

Mas a polémica vai ainda no adro. Hoje mesmo, o vereador das Finanças da CMF, Miguel Gouveia, lança mais uma acha nesta fogueira dizendo que se trata de “um desrespeito pelas mãos calosas” que construiu a ilha com sangue, suor e lágrimas.

Em Dia de Camões, Portugal e das Comunidades, indiferentes à polémica, continuam a laborar os trabalhadores para cumprir metas e prazos.

Há que recordar que a obra de proteção das ribeiras da cidade é custeada pela Lei de Meios e, no caso da Ribeira de Santa Luzia, passa pela demolição de oito pontes. Se todas elas derem o brado desta (a do Largo da Saúde é de construção semelhante, no tempo e nos materiais à da Ponte Nova), a controvérsia tende a continuar, isto se ninguém se lembrar de avançar com uma providência cautelar.