Raízes do Atlântico prossegue com Guilherme Orfão e noite de grandes artistas

raízes principal Depois de um primeiro dia em cheio no Festival Raízes do Atlântico 2016, com várias atividades durante o dia e com os memoráveis concertos de Lula Pena e Elida Almeida na noite de ontem, o recinto da Quinta Magnólia abriu esta sexta-feira de manhã, para que a “Aldeia do Atlântico” recebesse o workshop do músico Guilherme Órfão.

Cerca de duas dezenas de pessoas tiveram a oportunidade de, durante duas horas, aprender um pouco mais sobre questões técnicas relacionadas com os cordofones tradicionais madeirenses. Jovens músicos e aspirantes, assim como músicos mais experientes e professores de músca, ouviram atentamente Guilherme Órfão falar sobre meios de amplificação/captação de instrumentos acústicos, o processo criativo de composição com recursos a efeitos e a improvisação. Natércia Xavier, diretora Regional da Cultura, lembrou que este workshop foi pensado para reforçar a “componente pedagógica e de valorização do Património Cultural Material e Imaterial que deve fazer parte do Raízes do Atlântico”.

razízes2Recorde-se que o jovem músico Guilherme Órfão começou por aprender cordofones tradicionais aos 7 anos no Gabinete Coordenador de Educação Artística, acumulando mais tarde a escola de cordofones da Associação Xarabanda e o Curso Livre de Rajão e Viola de Arame do Conservatório da Madeira, passando assim pelos professores Roberto Moniz, Roberto Moritz e Vítor Sardinha. Integrou projetos como Si que Brade, Orquestra de Ponteado da Madeira, Metáfora e FadoFuncho (com alguns dos quais atuou em edições anteriores do Raízes do Atlântico), sendo com o seu projeto a solo que neste momento corre o país aliando os cordofones madeirenses a uma abordagem moderna e transversal ao panorama musical atual.

Durante a manhã, algumas pessoas aproveitaram também para visitar a exposição patente no local intitulada “Sons da Nossa Gente – Castanholas da Tabua”.

Esta noite, a partir das 21h30, regressam os concertos ao palco do Raízes, com os Sons of Kemet, banda proveniente do Reino Unido que se apresenta na Madeira em estreia nacional, seguindo-se, às 23 horas, Petite Noir, músico que já foi considerado pelo The Guardian como um dos artistas sul-africanos mais genuínos do momento.