A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia/Polícia de Segurança Pública – ASPP/PSP assinou no passado dia 6 do corrente mês de Junho um protocolo com o Serviço de Psicologia e Avaliação Forense – PsicAF.
A celebração do protocolo decorreu nas instalações do PsicAF com a presença do coordenador regional da ASPP/PSP, o subcomissário Adelino Camacho.
De acordo com uma nota de imprensa, as partes pretendem colaborar com o objectivo de serem disponibilizados aos associados daquela estrutura sindical os serviços prestados pela PsicAF, em condições especiais e vantajosas.
“O objectivo primordial deste protocolo é a promoção da saúde mental, bem-estar e qualidade de vida e a sensibilização para a importância da procura do apoio psicológico junto dos Profissionais da Polícia”, refere um texto a que tivemos acesso.
O PsicAF, Serviço de Psicologia e Avaliação Forense, é sediado na Rua Câmara Pestana, nº 21, 3º andar, sala 12, e tem como principal área de actuação a Avaliação e Intervenção na área da Psicologia Forense, a par com outras valências, nomeadamente consultas de psicologia clínica, formação e supervisão pedagógica.
A celebração deste protocolo vem ao encontro das preocupações já várias vezes manifestadas pelo subcomissário Adelino Camacho, no sentido de ser necessário incentivar os agentes da PSP a ultrapassar o tabu de recorrer a um psicólogo quando atravessam momentos difíceis nas suas vidas. Torna-se necessário que compreendam que são tão sensíveis a depressões como qualquer cidadão, mas com a agravante de, por força da sua profissão, serem portadores de armas de fogo. Em situações-limite, isso coloca-os numa situação de risco acrescido perante si mesmos, à mercê das suas fragilidades e de um gesto irreflectido. Esta parceria reveste-se, pois, de singular importância, considera Adelino Camacho, dirigente nacional e coordenador regional da ASPP/PSP – Madeira, “numa época em que a prevenção e a promoção da saúde mental junto dos profissionais de polícia é fundamental se tivermos em conta o número de suicídios existentes no seio da corporação policial”.
Urge que os agentes se dêem conta de que ninguém se torna ‘louco’ só por recorrer a um psicólogo. Tal situação é prática comum hoje em dia, por parte das pessoas das mais diversas origens e profissões. A depressão, essa é que é uma doença que pode matar.