Duas conferências do projecto ‘Dar a Ver’ na Quinta das Cruzes

dar a ver

 O Museu Quinta das Cruzes realiza nos próximos dias 3 e 4 de Junho, sexta-feira e sábado, duas conferências integradas no projecto de divulgação cultural DAR A VER, uma iniciativa da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, através da Direcção Regional da Cultura (Direcção de Serviços de Museus e Património Cultural).

Na sexta-feira, dia 3 de Abril, pelas 18h00, realizar-se-á a conferência sob o tema: Artes da mesa na corte portuguesa do século XIX, por Cristina Neiva Correia, Conservadora de Cerâmica do Palácio Nacional da Ajuda.

A oradora  abordará as artes da mesa na corte portuguesa, onde ao longo do século XIX, a Mesa mantém e realça até o seu papel simbólico de lugar de poder; a culinária e artes da mesa triunfam. A sala de jantar autonomiza-se, o ‘serviço à russa’ é adoptado, a literatura gastronómica prolifera e a panóplia de objectos de mesa assume uma importância sem igual.

Serão passados em vista os reinados de vários monarcas de oitocentos, com maior atenção no reinado de D. Luis e de D. Maria Pia, do qual mais peças chegaram até nós e que integram hoje o magnífico acervo do Palácio Nacional da Ajuda.

No sábado, pelas 15h00, Eduardo Alves Marques fará a sua comunicação intitulada: As Jóias da Casa de Bragança no século XIX.

Licenciado em arquitectura e investigador, desde cedo se dedicou à investigação do gosto e da vivência da Casa Real. Na presente comunicação, Eduardo Alves Marques dará a ver as jóias das rainhas de Portugal no século XIX, objectos de desejo e elementos de demonstração de poder e riqueza. Através de seis mulheres da casa de Bragança, mostrará o caminho da sua descoberta, revelando jóias nunca vistas ou pouco conhecidas do público, contando as suas histórias bem como o seu paradeiro aos dias de hoje. Representam o esplendor, luxo e devoção.

Eduardo Alves Marques lança o desafio ao público de vir conhecer as mais importantes jóias de quatro rainhas de Portugal, uma cantora de ópera, que casou com um rei, e de uma imperatriz, neta de Josefina Bonaparte, de um tempo entre 1834 a 1910.

Recorde-se, sublinha a SRETC, que o projecto “DAR A VER”, que principiou em 2016, visa a divulgação do património artístico existente no arquipélago da Madeira, sobretudo tem do em conta que, para além dos trabalhos de investigação, classificação e conservação e restauro, é essencial proceder-se à divulgação e ao conhecimento de um vasto e diversificado conjunto de bens móveis e imóveis postos à guarda de todos os madeirenses, e que constituem uma essencial reserva de identidade cultural.

Ao longo deste ano, e no âmbito do projecto, serão convidados vários especialistas, locais e nacionais, que abordarão de forma mais específica ou generalista aspetos dessa imensa diversidade cultural conservada in situ, ou já transitada para museus. O essencial do programa será constituído por visitas guiadas e por conferências a realizar em vários locais.

As duas conferências acima mencionadas contribuirão para uma leitura comparativa com algum património afim existente nas colecções museológicas madeirenses. As inscrições são gratuitas, e poderão ser feitas através do e-mail daraver.drc @gmail.com. Serão limitadas (cada uma) ao número de lugares sentados (70).