Nas barbas do Turismo vende-se ‘gato por lebre’

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Rui Marote (texto e fotos)

Que venha o alecrim, as urtigas e o silvado e até alegra-campo. A Madeira não tem flores para uma festa desta envergadura. Não desfazendo do grande cartaz turístico e da importância económica para a Região, mas , numa terra que se intitula “das flores”, é uma dor de alma ver os jardins a secar, na Praça do Povo e noutros lugares, conforme denunciado por Raimundo Quintal. A Rotunda do Infante, no coração da cidade, cheia de matagueira, e só após muita contestação se procedeu a uma operação relâmpago para ‘lavar a cara’ desta rotunda, saindo dois carros de carga transportando imensa lixeira – arbustos e plantas secas – deste local…

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Mas a Festa da Flor não pode ser só uma semana ou duas, tem de ser um cartaz de todo o ano.

A questão da legitimidade de se fazer esta festa com flores importadas não é nada de novo, mas há situações que não deixam de ser caricatas. O Funchal Notícias presenciou esta manhã, às 8h30, o reabastecimento do mercado de flores em frente à Secretaria do Turismo.

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Qual não foi o nosso espanto quanto à situação que presenciámos, que não resistimos à tentação de fotografar. Caixas ‘Flora Holland’ com orquídeas importadas, que num abrir e fechar de olhos são tiradas das caixas e as plantas são expostas nos stands como se fossem ‘Made in Madeira’… Tudo isto nas barbas do Turismo. Vende-se gato por lebre… Estepilha!

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