Passos e Portas apoiam Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência

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PSD e CDS apoiam Marcelo Rebelo de Sousa para Presidente da República. O anúncio foi feito ontem à noite, após a reunião dos conselhos nacionais dos dois partidos.

Marcelo Rebelo de Sousa foi trilhando o seu caminho. Ajustou-se às circunstâncias, as sondagens deram-lhe força e Santana Lopes e Rui Rio desistiram da corrida a Belém. Agora na oposição, sociais-democratas e centristas, querem assegurar a  Presidência da República e apoiam um candidato comum.

Passos apoia Marcelo pela “sua larga experiência política, tão necessária num momento como o que vivemos”; pelo “seu conhecimento, académico e profissional” da Constituição; pela “valorização que faz dos compromissos estruturantes, condição essencial para a credibilidade externa de Portugal”; pela “sua conhecida defesa da economia social de mercado e empenhamento numa visão personalista da sociedade” e pela “especial importância que sempre conferiu à lusofonia e ao universalismo de Portugal”.

Na deliberação que levou a votos, Marcelo é apontado como o candidato que oferece, “equilíbrio político”, “fidelidade aos compromissos europeu e atlântico de Portugal” e a “correta interpretação” dos “poderes constitucionais” do Presidente da República.

Por sua vez, o presidente do CDS-PP também divulgou ontem, quinta-feira, que a direcção do partido vai sugerir ao Conselho Nacional democrata-cristão nas eleições de 24 de Janeiro, a adopção da recomendação de voto em Marcelo Rebelo de Sousa .

“A forma independente como a candidatura nasceu e a forma abrangente como se tem afirmado distinguem-no de outros candidatos”, afirmou Paulo Portas.

Portas salientou igualmente que o jurista Marcelo Rebelo de Sousa tem estabelecido o “respeito pelo regime semi-presidencial – nem poderes a mais, nem a menos”-, assumindo-se como um “defensor das opções europeias e atlânticas de Portugal”. Disse ainda que já temos um Presidente da Assembleia da República socialista, um Primeiro-Ministro socialista, um Governo socialista e um Presidente da Câmara Municipal de Lisboa socialista e “não há vantagem em acrescentar a esta lista um Presidente da República socialista”.