
No longo consulado de Jardim, que somou quase quatro décadas, a palavra de ordem era construir a todo o vapor para inaugurar. Esta espiral de inaugurações era acompanhada sempre da incontornável animação e dos copos e bebes; quanto à crise futura, nem sombra dela.
Na Calheta, por exemplo, o ex-presidente da Câmara, Antero Vasconcelos, fazia questão de receber Jardim com música: ele nos pratos e o secretário Rui Fontes nos ferrinhos. Jardim não fazia por menos e encarregava-se do bumbo.
O tempo passa. Entretanto, Antero Vasconcelos desiludiu-se e abraçou outra causa e passou para o outro lado da barricada.Também Rui Fontes deixou o governo jardinista para dedicar-se exclusivamente aos negócios na privada.
Agora, a música é outra. Não há dinheiro para aqueles que choram e muito menos para os que tocam.